Escrito por: Sindgraf-PE
Os empresários gráficos optaram em sair do silêncio para oferecer um ridículo reajuste salarial aos seus trabalhadores. Na verdade, o percentual corresponde à reposição da inflação anual, logo, não existe na prática, aumento de salário. A proposta demonstra que, mesmo após a greve na gráfica IGB e paralisação no Diário de Pernambuco, os patrões insistem em desrespeitar a categoria. Porém, os trabalhadores estão mobilizados e decidiram em assembleia entrar em Estado de Greve e, em caso de nova proposta indecente dos patrões, o cenário pode se transformar em Greve Geral.
Para decidir sobre o caso, os trabalhadores terão uma nova Assembleia Geral na quinta-feira (3), às 19h, na sede do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Gráficas de Pernambuco (Sindgraf-PE), filiado à CUT-PE. Os trabalhadores querem um reajuste de 17% e implementação de plano de cargos e salários, além de outros benefícios sociais.
A categoria espera que dessa vez, a pauta de reivindicação seja analisada seriamente pelos empresários. “Queremos uma proposta de reajuste salarial com base no atual crescimento econômico do Estado, condição que também permite que se avance nas clausulas sociais”, conta o Sindicato, ressaltando que é mais que justo partilhar o progresso econômico vivido em Pernambuco.
Entretanto, o Sindicato adianta que as grandes empresas estão sendo analisadas de forma particular. Em campanhas salariais anteriores, estas gráficas sempre ficavam no guarda-chuva das pequenas, pois acabavam se beneficiando na hora da definição do reajuste salarial, uma vez que o sindicato patronal sempre justificou que um maior aumento percentual poderia quebrar as pequenas e médias gráficas. Dessa forma, o salário era aumentado com base na capacidade das menores, enquanto que as maiores empresas, que possuem grande capital e negócios, faturavam ainda mais às custas dos pequenos salários e condições de trabalho dos funcionários.
“Agora, são as grandes empresas que terão que pagar a conta”, diz o sindicato, destacando que o piso salarial não pode ser simplesmente estabelecido pela condição das pequenas. O piso tem que ser digno para todos trabalhadores e aquelas empresas que possuem melhores condições econômicas precisam remunerar ainda melhor seus funcionários. Inclusive, já tem empresas que sinalizam fechar acordo em separados da proposta do sindicato patronal, mostrando uma evolução bem superior a da mesa de negociação, demonstrando que não querem paralisações, nem outro tipo de mobilização dos trabalhadores em suas empresas. ‘Quem sabe faz a hora não espera acontecer’.
Será que o Diário de Pernambuco e o Jornal do Commercio vão terceirizar o processo? Fica a pergunta!
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