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sexta-feira

Pelo sabor do gesto...




Quem já tocou o amor pelo sabor do gesto?
Sentiu na boca o som? Mordeu fundo a maçã?
Na casca, a vida vem tão doce e tão modesta
Quem se perdeu de si?

Eu já toquei o amor pelo sabor do gesto
Confesso que perdi, me diz quantos se vão?
Paixões passam por mim, amores que têm pressa
Vão se perder em si

Se o amor durou demais, bebeu nas suas veias
Seus beijos de mentira não chegam muito longe
Paixões correm por mim, são só suaves febres
Seus beijos mais gentis derretem pela neve
Pra que tocar o amor pelo sabor do gesto
Se o gosto da maçã vem sempre indigesto?
Amarga essa canção, os dias e o resto
Se perde como um grão

Mas se eu ousar amar pelo sabor do gesto
Te empresto da maçã, vai junto o coração
Esquece o que eu não fiz
Te sirvo o bom da festa
De um jeito mais feliz

Paixões correm por mim, eu sei tudo de cor
carinho sem querer me cansa e me dói

Se o amor vem pra ficar, faz tudo mais bonito
Me basta ter na mão e o corpo tem razão

Manifesto...

Companheiras e companheiros,


1. Nós, representantes de Tendências Organizadas no Partido, que participaram no último PED, em diferentes chapas nacionais e estaduais, vimos conjuntamente DENUNCIAR, os ataques à DEMOCRACIA PARTIDÁRIA promovidos pelo Presidente Estadual do PT-PE.


2. No último Encontro Estadual do PT/PE, sábado passado (24.04.2010) , as delegadas e os delegados do Partido foram convocados, para votar a resolução sobre tática eleitoral e política de alianças, emendas à tese guia e as moções pelo período da manhã e participar de um ato político à tarde.


3. Após as defesas das duas propostas de resolução, na votação foi aprovada a aliança com o PSB em apoio à reeleição ao Governador Eduardo Campos (80%) contra a candidatura própria do PT a governador (20%).


4. Em seguida, foram submetidas à apreciação dos delegados três propostas de emendas. Duas foram aprovadas por unanimidade, sem necessidade de discussão, e uma terceira, após discussão, foi a voto e não foi aprovada.


5. Por fim, as moções: das quatro, três foram aprovadas por unanimidade, sem necessidade de discussão – uma que dirigia um apelo ao Governador do Rio de Janeiro para que solicite a entrada da Polícia Federal na apuração do assassinato do sindicalista Anderson Luis (Presidente do Sintrafrios e dirigentes da CUT-RJ), outra que pede para o Presidente Lula não assinar a MP que transforma a ECT em Sociedade Anônima (S.A) e outra que pede ao governador Eduardo Campos a retirada de um projeto de lei que prevê em SUAPE o maior desmatamento oficial de mangue da história de Pernambuco, em apoio à luta de movimentos sociais e ONGs contrários ao projeto. Uma foi destacada para a discussão, devido a posicionamento em contrário da parte do companheiro Horácio Reis (antigo ex-presidente do SINTEPE, hoje vice-prefeito de Olinda).

6. A moção, subscrita por 350 filiados, de todas tendências do PT, inclusive pelo Presidente do SINTEPE - Heleno Araújo (CNB) – dizia textualmente:


“O PT-PE se coloca claramente em apoio à luta e às reivindicações dos servidores públicos estaduais, em defesa dos direitos inscritos na legislação, e condena veementemente o brutal ataque desferido pelo governo de Eduardo Campos contra os trabalhadores em Educação, que desmonta o PCC (Plano de Cargo e Carreira) da categoria e provoca redução nominal de salários”


7. Após a defesa a favor feita pelo companheiro Edmilson Menezes e contrária pelo companheiro Horácio Reis, encaminhada a votação ficou visualmente claro que a moção foi aprovada pela maioria dos delegados em plenário. Apesar disso, alguns delegados da CNB, como o companheiro Rosano, questionaram que o resultado não estava claro. O que gerou uma paralisação dos trabalhos, por alguns momentos, até que o Presidente do PT, Jorge Perez, anunciou que tinha uma proposta de acordo, para resolver o impasse.


8. O acordo proposto publicamente no plenário pelos companheiros Jorge Perez e Horácio Reis, prontamente aceito pelo companheiro Edmilson Menezes, foi de que, no título da Moção, fosse trocado o termo “REPÚDIO” por “CONDENAÇÃO”. E, em seguida, com essa mudança na redação, a Moção foi colocada em votação, sendo aprovada por unanimidade pelos delegados, que saudaram o resultado da votação com o tradicional “Partido! Partido é dos Trabalhadores!”

9. Encerradas todas as discussões e deliberações previstas para a parte da manhã, à tarde, quando uma grande quantidade de delegados já havia partido, principalmente os das cidades do interior, pois só estava programado um ato político aberto ao público, com a presença inclusive de representantes de outros partidos, a ser coberto pela imprensa, todos os presentes foram surpreendidos por uma convocação extraordinária aos representantes de todas e tendências do PT, feita pelo Presidente Jorge Perez, com o objetivo de rediscutir a referida Moção.

10. Na reunião com os representantes das tendências, o Presidente Jorge Perez e o companheiro Humberto Costa afirmaram que a Moção (aprovada por unanimidade, a partir de um acordo, pela manhã) tinha gerado uma ampla repercussão negativa para o PT, junto ao governador Eduardo Campos; que ela era uma ameaça à implementação tanto aliança estadual quanto nacional com PSB e que, objetivamente, solicitavam a retirada da Moção. A proposta foi prontamente recusada por representantes de várias tendências que afirmaram que todas as decisões adotadas pelos delegados no Encontro encerrado pela manhã, foram tomadas de forma legítima, que o Encontro é uma instância máxima e sua soberania não poderia ser desrespeitada.


11. Apesar dos vários alertas feitos durante essa reunião sobre o perigo de desrespeitar um Encontro realizado democraticamente, o companheiro Jorge Perez afirmou que iria propor em plenário, aos delegados que ainda restavam no local, a votação da retirada da Moção, através de recurso apresentado imediatamente pelo vereador Luis Eustáquio que questionava a validade da votação realizada, pela manhã, no Encontro.


12. Encerrada a reunião, os delegados da CNB que ainda restavam, foram intimados pelo Presidente Jorge Perez e pelo companheiro Humberto Costa (que não participou do Encontro pela manhã e acabara de chegar ali), para irem o plenário e procederem a uma votação completamente irregular, a qual, juntamente conosco, grande parte dos delegados repudiou e, conseqüentemente, se retirou do auditório.


13. Assim, diante do ataque comandado pelo Presidente Jorge Perez contra a soberania do Encontro, convocamos todas filiadas e todos filiados do PT em Pernambuco, a se manifestarem na defesa do conjunto das deliberações legitimamente aprovadas no último Encontro Estadual, ou seja, EM DEFESA DA DEMOCRACIA PARTIDÁRIA.


Recife, 29 de abril de 2010


Subscrevem:


O TRABALHO_Edmilson Menezes; CONSCIÊNCIA SOCIALISTA_Hercílio Maciel; DEMOCRACIA SOCIALISTA_Demetrius Fiorante; ORGANIZAÇÃO MARXISTA_Aluízio Camilo; ARTICULAÇÂO DE ESQUERDA_Alexandre Sena; PARTIDO DE LUTAS E MASSAS_Gilson Guimarães; ESQUERDA MARXISTA_Faustão; MOVIMENTO DE AÇÃO E IDENTIDADE SOCIALISTA_ Louise Caroline; PT PARATODOS_Enildo Arantes.


Moção de Apoio...

Os membros do Grupo de Estudos sobre Álcool e outras Drogas - GEAD, da Universidade Federal de Pernambuco - UFPE, na defesa da livre manifestação do pensamento e expressão das atividades política, social, intelectual, científica e artística, pautados no direito de todos de reunir-se pacificamente em locais abertos, independentemente de autorização, tornam público seu apoio à “Marcha da Maconha 2010”, que será realizada em Recife no próximo domingo, dia 02 de maio de 2010.

Enquanto profissionais da área de saúde e de assistência social, todos pesquisadores do tema “álcool e outras drogas”, somos favoráveis à organização de grupos sociais diversos, inclusive de usuários dessas substâncias psicoativas, que visem promover pesquisas, debates, discussões e fóruns democráticos voltados à produção e socialização de conhecimento sobre o uso de drogas, em geral, e sobre o uso da cannabis sativa, em particular, nas suas várias facetas contemporâneas (medicinal, industrial, religiosa e recreativa).

Este apoio à manifestação pública de um movimento social favorável ao uso recreativo da maconha não significa por parte do GEAD alusão e/ou defesa do uso recreativo de qualquer droga, lícita ou ilícita. Mas sim, o posicionamento contrário à política de “guerra” a selecionadas drogas, que demoniza as substâncias, as pessoas e a expressão de suas subjetividades. O debate sobre as drogas deve ser democrático e informado, não devendo se resumir a polaridades/dualidades tão férteis neste campo da sociabilidade humana como criminalização/descriminalização, repressão/assistência, abstinência/redução de danos, atenção médica/atenção psicossocial, dentre outras.

Desta forma, manifestamos publicamente nosso apoio à realização da “Marcha da Maconha”, por compreendê-la como movimento político legítimo dos usuários da maconha e simpatizantes da liberação desta substância psicoativa.

Recife, 28 de abril de 2010.

Grupo de Estudos sobre Álcool e outras Drogas - GEAD

quinta-feira

Toda forma de amor...

Eu não pedi pra nascer
Eu não nasci pra perder
Nem vou sobrar de vítima
Das circunstâncias
Eu tô plugado na vida
Eu tô curando a ferida
Às vezes eu me sinto
Uma bala perdida

Você é bem como eu
Conhece o que é ser assim
Só que dessa história
Ninguém sabe o fim
Você não leva pra casa
E só traz o que quer
Eu sou teu homem
Você é minha mulher

E a gente vive junto
E a gente se dá bem
Não desejamos mal a quase ninguém
E a gente vai à luta
E conhece a dor
Consideramos justa toda forma de amor


--


Quis evitar teus olhos
Mas não pude reagir
Fico à vontade então
Acho que é bobagem
A mania de fingir
Negando a intenção

E quando um certo alguém
Cruzou o teu caminho
E te mudou a direção

Chego a ficar sem jeito
Mas não deixo de seguir
A tua aparição

E quando um certo alguém
Desperta o sentimento
É melhor não resistir
E se entregar

Me dê a mão
Vem ser a minha estrela
Complicação
Tão fácil de entender
Vamos dançar
Luzir a madrugada
Inspiração
Pra tudo que eu viver
Que eu viver, uoh, uoh

E quando um certo alguém
Desperta o sentimento
É melhor não resistir
E se entregar

quarta-feira

Alvirrubro eu sou...

ALVIRRUBRO EU SOU
E O NÁUTICO É ALEGRIA DO MEU CORAÇÃO
SERÁ SEMPRE A MINHA PAIXÃO
EU DOU A VIDA PARA SER CAMPEÃO
E A MIM NÃO INTERESSA AONDE JOGAR
NA ILHA OU NO ARRUDA NÓS VAMOS GANHAR
E NEM A MORTE VAI NOS SEPARAR
ATÉ O CÉU POR TI EU VOU CANTAR!

NOTA PÚBLICA À IMPRENSA

Diante dos acontecimentos ocorridos no último Encontro Estadual do PT/PE, sábado passado (23.04.2010), representantes de Tendências Organizadas no Partido reuniram-se no dia de hoje (Segunda-feira, 26.04.2010), para avaliação e decidiram:

1. Elaborar um Manifesto à base do Partido relatando os últimos acontecimentos na defesa da soberania do Encontro estadual;

2. Acionar a Comissão de Ética Nacional solicitando a destituição da Presidência Estadual, pelo desrespeito a democracia interna e a deliberação unânime do último Encontro Estadual do Partido;

3. Recurso à Direção Nacional para preservar o conjunto de deliberações do último Encontro Estadual do PT/PE.

Subescrevem :

O TRABALHO_Edimilson Menezes

CONSCIÊNCIA SOCIALISTA_Hercílio Maciel

DEMOCRACIA SOCIALISTA_Oscar Paes Barreto

ORGANIZAÇÃO MARXISTA_Aluízio Camilo

ARTICULAÇÂO DE ESQUERDA_Alexandre Sena

PARTIDO DE LUTAS E MASSAS_Gilson Guimarães

ESQUERDA MARXISTA_Faustão

MOVIMENTO DE AÇÃO E IDENTIDADE SOCIALISTA_ Louise Caroline

segunda-feira

Náutico...

Todo mundo sabe que no nosso time falta qualidade técnica...

Todo mundo sabe que faltam meias, laterais, atacantes de referencia...

Todo mundo percebeu que nosso time não é favorito ao título e que jogar bonito, é coisa que a gente não vai fazer mesmo...

Todo mundo sabe que esse ano as coisas estão bem piores...

Crise política interna...
Público pequeno, crítico e desacreditado...
Caímos pra segunda divisão...
O dinheiro está faltando faz tempo...

Todo mundo ta cansado de saber que a coisa ta pra lá de feia...
...

mas ontem me peguei pensando...

...

Quando é que não foi assim?? Quando é que fomos favoritos e tudo deu certo? Quando é que fomos apontados como um time de verdade? Quanto tempo faz que não temos um time de verdade? Um elenco realmente qualificado e que não precise contar com o destaque desse ou daquele jogador? Quando foi que ser náutico foi uma coisa fácil e tranqüila??

...

Ser náutico é um martírio... Sofrer e acompanhar o náutico é ser guerreiro...

Por outro lado...

Quem tem dúvida da inoperância de nossos diretores? Quem tem dúvida da dificuldade encontrada em se trabalhar no náutico? Quem tem dúvida que deve ser péssimo trabalhar sem receber?? Quem tem dúvida que jogar no náutico não é a maior maravilha do mundo, diante da desorganização reinante nos aflitos??

Ainda assim, temos jogadores que estão dando sangue (salvo alguns) e estão buscando superar a limitação de toda essa incompetencia...


Jogar no náutico e se doar, é também lutar como um guerreiro por um lugar ao sol...


Então, por nossa torcida...e por aqueles que doam sangue pelo time..

deveriamos puxar...

"...Guerreiros... Guerreiros..

Time de guerreiros!!!..."

Objetivos...

domingo

O amor é filme...

Tudo por acaso [2]

Numa recepção
Na dança da biodança
De dois em dois
De deitados
E sorrindo

Do primeiro encontro
Do segundo
Do terceiro
Do quarto (sem caracter duvidoso)
Do quinto

Dos CEB's
Das reuniões
Das passagens em sala
Do D.A.
Do pleito

Dos PT's
Das Dilma's
Dos Serra's
Dos Militares
Das loucuras

Dos olhares
Das versões
Do bendito dia
De uma sexta
Que interligara Recife-Nazaré

Olhe, depois da ligação
Uma falação
Palpitação
Da mão
Do abraço

Desde daquela andada
Até chegar nos Antigu's
Da provável lonjura
Do cansaço
Mas, da vontade

Por meio daquela
Que porventura seria uma derrota
Obtive uma vitória
Lá, onde o mar bebe o capibaribe
Um abraço sincero

Um desejo continuo
Uma saudade
Sob a linha do Equador
Nada premeditado
Tudo por acaso

Maiakóvski...

Eu
à poesia
só permito uma forma:
concisão,
precisão das fórmulas
matemáticas.
Às parlengas poéticas estou acostumado,
eu ainda falo versos e não fatos.
Porém
se eu falo
"A"
este "a"
é uma trombeta-alarma para a Humanidade.
Se eu falo
"B"
é uma nova bomba na batalha do homem.

(Maiakóvski)

Em homenagem à Serra...

quinta-feira

Email recebido...

Se o Tom Jobim usasse o Windows

Peço desculpas por algumas expressões no texto...mas vale ler... foi bem criativo.....


E se o Tom Jobim usasse o Windows, seria assim?
É pau
É vírus
É o fim do programa
É um erro fatal. O começo do drama.
É o turbo Pascal
Diz que falta um login
Não me mostra onde é
E já trava no fim.
É dois, é três, é um 486
É comando ilegal
Essa merda bloqueia
É um erro e trava
É um disco mordido
HD estragado
Ai meu Deus tô fudido
São as barras de espaço
Exibindo um borrão
É a promessa de vídeo
Escondendo um trojan
É o computador
Me fazendo de otário
Não compila o programa
Salva só o comentário.
É ping, é pong
O meu micro me chuta
O scan não retira
O vírus filho da puta
O Windows não entra
E nem volta pro DOS
Não funciona o reset
Me detona a voz
É abort, é retray
Disco mal formatado
PC Tools não resolve
Norton trava o teclado
É impressora sem tinta
Engolindo o papel
Meu trabalho de dias
Foi cuspido pro céu.

Ser...

Ser simples
É ser incrível



Fonte: Sorte do dia do Orkut.

=P

segunda-feira

Maiakóvski...

Então,
de todo amor não terminado
seremos pagos
em inumeráveis noites de estrelas.





( V. Maiakóvski )

E o PT, hein?!

Mesmo reconhecendo que se trata de uma conjuntura diferente, 2010 vem sinalizando um ano de reprodução da estrutura política arraigada em Pernambuco desde 1986. Aquela que posso chamar de “reeleição” de Dr. Arraes simbolizou muito claramente a continuidade de um projeto político que hoje vem tentando ser resgatado, mas sem a adesão popular que outrora se fazia marcante.

Cumprindo a sua função essencial de contenção dos avanços da esquerda nacional, o Senado Federal continua abraçando os segmentos mais conservadores e retrógrados da sociedade brasileira. Orgânico em seu propósito, sectário em seus posicionamentos, e, sobretudo, blindado à representatividade dos movimentos sociais, o Senado, em seu sentido institucional, sempre revelou-se como contraponto ao projeto político de desenvolvimento social e econômico que o “Governo PT” ousa implementar em nosso País.

Ocorre que o esvaziamento da pauta político-institucional referente à disputa da composição do Senado Federal vem se tornando uma prática viciosa e alimentada por uma despolitização que se mantém mesmo após o “processo de redemocratização” vivido no Brasil.

Em Pernambuco, as discussões acerca dos nomes para a composição dessa disputa não são diferentes do cenário nacional. O “Arraes ta aí! Arraes taí de novo!” não significou somente o “arrastão” da massa que esperava ansiosa a sua volta. Parece-me que o sentido do jingle significava algo que, mesmo inconsciente, reproduzia a real função de Mansueto e Antônio Farias na chapa majoritária, a de postulantes desprovidos de um projeto político para o Senado que foram literalmente “arrastados” pelo Palácio das Princesas.

Afinado com mesmo alinhamento vomitado pela conjuntura, José Jorge, em 1998, cumpriu a mesma função dos antecessores, seguido, em 2002, por seus colegas, Marco Maciel e Sérgio Guerra.

Não faço aqui uma defesa de uma postulação independente do Partido dos Trabalhadores em 2010. Acredito que a discussão tinha que ser ampla e que a composição deveria ser debatida em consonância com o cenário estadual e nacional. Entretanto, nada disso implica a manutenção do esvaziamento do conteúdo programático do PT na disputa.

Limitar a discussão interna ao campo tático e estratégico na indicação do companheiro Humberto Costa para a composição da disputa de outubro, significa mais uma chance desperdiçada no enfrentamento às raízes históricas da instituição.

Não vejo experiências sólidas de construção política na história do nosso candidato. Vejo sim um acúmulo de políticas públicas ligados à máquina administrativa, não uma referência ideológica que possa travar as grandes discussões programáticas para Pernambuco.

E acho que esse foi o nosso grande erro na disputa interna. Precisávamos fazer o que fizemos em 2000, uma discussão ampla com o povo acerca de uma alternativa política para sociedade.

João Paulo é uma construção coletiva de responsabilidade exclusiva do povo. O reducionismo da discussão interna à composição de forças é um debate que agrada a quem detém a hegemonia do sistema. Não se arvorar do nosso principal combustível na política (o povo) é estreitar laços com o dirigismo arbitrário pautado em números. E esse sempre foi o instrumento utilizado pela direita em nosso País.

Nesse cenário, observo que a candidatura do companheiro Humberto Costa em nada se diferencia daquilo que vivemos na história do nosso Estado, pairando no ar somente a dúvida se o Governador Eduardo Campos quer realmente “arrastá-lo”.

sábado

Tudo por acaso...

" Ninguém vai saber de nada
E eu sei
Pelo sentimento,
Pelo envolvimento,
Pelo coração. "


Tudo por acaso.
Lenine.

sexta-feira

Avisos aos demotucanos...


Os estrategistas da campanha da candidata petista à Presidência da República, Dilma Rousseff, estão providenciando um sistema de segurança virtual mais eficiente para os sites de sua candidata do que o utilizado na página do PT, invadida na última quarta-feira (14). Marcelo Branco, o especialista em internet contratado para cuidar da estratégia online da ex-ministra, afirmou ao R7 que ataques desse tipo não trarão votos para os adversários.

Branco, ex-diretor da Campus Party [espécie de acampamento nerd que acontece todo ano em São Paulo], classificou de “lamentável” a invasão ao site petista. Ele disse que duvida que a iniciativa tenha partido do rival PSDB por não acreditar que atitudes como essa rendam votos a José Serra, o candidato tucano.

- Se alguém utilizar medidas como essa, o feitiço será voltado contra o feiticeiro. Não há quem faça isso e saia ganhando. Não acredito que isso seja uma orientação de campanha dos adversários da Dilma. Ninguém vai ganhar voto atacando sites dos outros. Não conheço ninguém que ficou reconhecido por cibercrimes.

Questionado sobre o risco de a internet se transformar em um campo de guerra virtual nas eleições, ele disse que, “se isso acontecer, será lamentável”:

- Mas eu acho que é um risco que se corre.

..Ele afirmou, no entanto, que está muito confiante com o sistema de segurança virtual contratado pela campanha, que seria melhor do que a utilizada pelo PT:

- Os sites que a gente fizer para a campanha vão ter um esquema de segurança para tentar evitar que a privacidade seja violada. Vamos usar uma plataforma tecnológica diferente da que o PT está usando com equipes especializadas em segurança de informática. R7.

Ele disse que, apesar de tanto cuidado, é impossível garantir que as páginas da Dilma não serão invadidas durante a campanha.

- É obvio que em informática não há 100% de segurança. Não posso afirmar que nunca sofreremos ataques.

Obama pensa que é dono de que?

Proponho um teste: quem pronunciou a seguinte sentença? “Não se deve pensar no Estado da inércia, da improdutividade. O Estado deve ser forte, não obeso. Forte em seu papel de cumprir as funções básicas e ativar o desenvolvimento, a justiça social e o bem-estar da população.” Respostas: a) Karl Marx; b) Antonio Gramsci; c) José Serra; d) Lenin; e) Dilma Rousseff.

Não obrigo os leitores a procurar na última página desta edição a resposta correta, colocada de cabeça para baixo. Digo logo: resposta C. A apreciação do pré-candidato tucano à Presidência da República consta da entrevista que ele deu à Folha de S.Paulo, publicada no domingo 11. Excluído do teste, obviamente, o público do jornal.

Talvez haja quem se surpreenda com uma declaração que coincide, ao menos na essência, com algumas anteriores feitas pela pré-candidata Dilma Rousseff. Os meus afáveis botões murmuram em surdina que a mim não cabe surpresa. Com sua definição a favor do Estado ativo (o adjetivo é dele), Serra foi certamente sincero. Outra situação que não justifica espantos é o entusiasmo da mídia nativa com o lançamento da candidatura do ex-governador, sábado 10. De volta aos botões, eles sentenciam: é a beatificação em vida.

Foi de fato uma apoteose, com o condimento das lágrimas de Fernando Henrique e da súbita empolgação de Aécio Neves. Sobram aspectos da cobertura midiática de compreensão intrincada, se não francamente impossível. Se Dilma fala em Estado forte, o pânico coa das páginas e do vídeo. Em compensação, a Serra tudo se permite. Será que editorialistas, colunistas, articulistas, repórteres não levam Serra a sério quando usa argumentos banidos do catecismo dos herdeiros do udenismo velho de guerra? E apostam então na ação concentrada do tucanato para conter os arroubos de um ex-cepalino ainda sob contágio?

Talvez. Coisa certa: a mídia nativa está contra Lula, desde sempre, e contra sua candidata. Portanto, a favor de Serra. Favor? Algo mais do que isto, como se no firmamento as estrelas tremelicassem em desespero. A campanha que esboça é, porém, antiga, anacrônica, mofada igual às roupas da bisavó nos baús do sótão. O propósito continua a ser a semeadura do medo. Funcionou contra Getúlio em 1950, contra JK, contra Lott, contra Jango. No golpe de 64. E contra as Diretas Já e contra Lula em 1989, aquele momento em que o presidente da Fiesp, Mario Amato, vaticinou o êxodo da burguesia caso vencesse o fundador do PT.

Com a candidatura de Fernando Henrique, tudo ficou fácil, os graúdos e sua mídia enamoraram-se dele. A vitória do ex-metalúrgico muda o quadro em 2002 e 2006. Fica provado que o jornalismo pátrio com suas aulas de pavor não chega lá. Chegaria agora? Lula não cativou apenas seu povo, que de resto é maioria. Cativou também largos setores do empresariado nacional que a mídia insiste em pretender assustar quando denuncia o ódio, pretensamente estimulado pelos governistas em um confronto entre ricos e pobres e entre Sul e Norte.

Os editoriais dos jornalões clamam contra a ideia do plebiscito, como se toda eleição não implicasse o confronto entre as realidades do passado e as promessas do futuro, e como se os índices de rejeição de FHC não alcançassem a abóbada celeste. Sim, Dilma é a candidata de Lula. Serra, entretanto, é a figura política que cresceu à sombra de Fernando Henrique, o amigo inseparável sob a batuta de Sergio Motta, o parceiro cativo.

Como escapar a esta circunstância? Houve tentativas de tirar o ex-presidente da ribalta. Em vão. Ali está ele, a reivindicar seu lugar na história e o próprio Serra não consegue fugir à injunção de recomendá-lo aos pósteros e de lhe provocar a comoção. A mídia malha Lula sem perceber que, desta maneira, endossa o conceito do pleito plebiscitário. Mostra, antes de mais nada, é seu medo, em face de uma candidata que absorve o prestígio de quem a ungiu.

Um ponto permanece obscuro: resta saber se a mídia nativa, desta vez e finalmente, dirá quem apoia, em lugar de alegar uma imparcialidade fajuta. A bem da verdade factual.

Dize-me com quem andas, e eu te direi quem és...



Agência Estado


Um jantar em homenagem ao ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves (PSDB) reuniu muitos artistas e poucos políticos ontem à noite, na casa dos apresentadores da TV Globo Luciano Huck e Angélica, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. Segundo o anfitrião, a festa não teve nenhuma conotação eleitoral.

Entre os presentes, estavam o prefeito Eduardo Paes (PMDB), aliado da petista Dilma Rousseff na disputa presidencial, e o ex-ministro da Cultura Gilberto Gil, que apoia a pré-candidata do PV, Marina Silva.

O ex-governador tem insistido que vai disputar uma vaga no Senado, mas os tucanos ainda esperam que Aécio seja candidato a vice-presidente na chapa do tucano José Serra.


Aécio foi à festa acompanhado da filha, Gabriela, e da sobrinha, Luiza. As atrizes Taís Araújo, Carolina Dieckmann, Danielle Winits, Priscila Fantin, a modelo Luiza Brunet e o cantor Marcelo D2 foram outros convidados que prestigiaram Aécio.

Documentário...

segunda-feira

O PSDB acha que o povo fede...

Conheça a equipe de Serra...