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#BlogNemComento - Mais uma liderança camponesa é assassinada

O líder sindical camponês, Adelino Ramos, conhecido como Dinho, sobrevivente do massacre de Corumbiara, ocorrido em agosto de 1995, foi assassinado nesta sexta-feira (27), por volta das 10h, em Vista Alegre do Abunã, município de Porto Velho (RO). Este é o terceiro assassinato ocorrido nesta semana de lideranças camponesas no país. No último dia 24 de maio foram mortos em Marabá (PA) os líderes ambientalistas José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva. O deputado Dr. Rosinha (PT-PR), ex-presidente da Frente Parlamentar da Terra, lamentou mais um crime cometido contra uma liderança que lutava pela preservação do meio ambiente e justiça no campo.

"Com mais este crime cometido contra um ambientalista, pergunto aos ruralistas: Será que a partir de agora, com a aprovação de um Novo Código Florestal que incentiva o desmatamento, e caindo as barreiras da legislação para este crime, as barreiras humanas a favor da preservação das florestas serão exterminadas a bala?", indagou.

O líder do Movimento Camponês de Corumbiara foi assassinado enquanto vendia verduras produzidas no acampamento onde morava. Adelino Ramos foi morto por um motoqueiro, próximo ao carro da família onde estavam a esposa e duas filhas.

Dinho vinha denunciando a ação de madeireiros na região da fronteira entre os estados de Acre, Amazônia e Rondônia. Ele e um grupo de trabalhadores reivindicavam uma área nessa região para a criação de um assentamento. No início desse mês, o Ibama iniciou uma operação no local, onde apreendeu madeira e cabeças de gado que estavam em áreas de preservação.

Segundo a Comissão Pastoral da Terra (CPT) na região, isso leva a crer que esse tenha sido o motivo do assassinato. Dinho vinha sendo ameaçado há anos e em reunião realizada em julho do ano passado em Manaus (AM), com o ouvidor agrário nacional, Gercino Silva, denunciou as ameaças contra sua vida e o risco que corria.

Héber Carvalho, com Assessoria de Comunicação da CPT

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