Pages

segunda-feira

#BlogNemComento - Livro de Paulo Freire excluído das escolas nos EUA‏


O secretário da educação do Arizona disse que notou que Che Guevara era tratado como um herói, enquanto que Benjamin Franklin era considerado racista pela turma.

Silvio Mieli

O livro Pedagogia do Oprimido, do educador brasileiro Paulo Freire, foi banido das escolas públicas de Tucson, no estado do Arizona, sudoeste dos Estados Unidos da América (EUA).

Seguindo a lógica antilatina que marca as recentes decisões jurídico-políticas no estado, agora uma lei suspendeu o currículo baseado no Programa de Estudos Mexicanos/Americanos, que durante uma década ajudou a conscientizar os alunos das suas raízes culturais.

Lembrando que 10,3% da população dos EUA é composta de “chicanos” e 30% da população da cidade de Tucson apresenta a mesma origem étnica.

Em meados de janeiro, os livros de Paulo Freire, assim como os de Elizabeth Martinez, Rodolfo Corky Gonzales, Arturo Rosales, Rodolfo Acuna e Bill Bigelow foram retirados do programa e proibidos pela Secretaria de Educação de Tucson de serem aplicados, em cumprimento à lei estadual que considera os
estudos mexicanos “doutrinadores” e “portadores de um único ponto de vista”.

Para justificar a medida, o secretário da educação do Arizona John Huppenthal disse que, ao visitar uma escola em Tucson, notou que Che Guevara era tratado como um herói, inclusive com direito a pôster numa das salas de aula, enquanto que Benjamin Franklin era considerado racista pela turma.

Huppenthal julgou intolerável que o termo “oprimido” do livro de Paulo Freire fosse inspirado no Manifesto Comunista de Marx e Engels, “que considera que a inteira história da humanidade é uma batalha entre
opressores e oprimidos”, criticou o secretário.

A suspensão do programa priva os alunos de compreenderem melhor os fatores históricos da ocupação do território onde vivem (parte do Arizona pertencia ao México e foi anexada pelos EUA), além de impedir o contato de uma inteira geração com o método emancipador de Paulo Freire.

O que não percebem os que executam a educação “bancária”, no termo usado por Paulo Freire em Pedagogia do Oprimido, é que nos próprios “depósitos” se encontram as contradições. E, cedo ou tarde, esses “depósitos” podem provocar um confronto com a realidade e despertar os educandos contra a
sua ”domesticação”.

Silvio Mieli é jornalista e professor universitário.

terça-feira

#BlogNemComento - Mais uma do Pacto pela vida


Sem comentários.

segunda-feira

#BlogNemComento - O desapercebido



Ultimamente venho fotografando as nossas paredes. As paredes juntamente com os artistas, tem muito à dizer. Coisas que passam desapercebido pela dinâmica absurda do dia-a-dia, não olhamos nem pro lado e nem um 'bom dia!'.

#BlogNemComento - Muito além da semântica


Por Valter Pomar

A concessão dos aeroportos gerou um debate entre os tucanos, que comemoram a suposta adesão do PT às privatizações, versus alguns petistas, que negam qualquer semelhança entre “conceder” e “privatizar”.

Neste debate, alguns não estão falando toda a verdade.

Concessão é uma modalidade de privatização. Privatizar não é apenas vender o patrimônio; pode ser também conceder seu uso por determinado tempo, sob determinadas condições. Negar isto é um revelador “ato falho”, típico de quem no fundo sabe que está fazendo algo problemático.

Por outro lado, os tucanos sabem muito bem a diferença entre as privatizações que eles fizeram versus o que foi feito em governos petistas, ontem e hoje. No caso em tela, há pelo menos três diferenças.

Primeiro, embora a concessão seja uma modalidade de privatização, trata-se de uma modalidade distinta da transferência de patrimônio, especialmente quando feita em troca de nada, como os tucanos fizeram com a Vale do Rio Doce.

Segundo, os tucanos fizeram privataria, uma “etapa superior da privatização”, na qual os envolvidos tornaram-se muito ricos...

Terceira e decisiva diferença: para o PSDB, as privatizações constituem parte essencial de uma estratégia neoliberal de desenvolvimento e de um modelo de sociedade dominada pelos “mercados”.

Nestes dois terrenos (papel do Estado e do capital privado na estratégia geral de desenvolvimento e no modelo de sociedade), o PT e PSDB estavam, estão e continuam estando em posições opostas.

Apesar de governos encabeçados por petistas, tanto agora quanto em momentos anteriores, terem patrocinado terceirizações, concessões e até mesmo venda de patrimônio público, o conjunto da obra mostra que existem diferenças de fundo entre PT e PSDB.

Os tucanos conferem ao capital privado papel decisivo. Já o PT defende que o Estado tenha papel central, tanto na estratégia de desenvolvimento quanto no modelo de sociedade.

Estas e outras diferenças entre PT e PSDB seguirão existindo, ao menos enquanto um dos partidos não mudar de classe social.

Se isto que falamos até agora for verdadeiro, o debate no interior do PT sobre a concessão dos aeroportos deveria tratar dos aspectos estratégicos e táticos da questão.

Do ponto de vista tático, a concessão foi economicamente desnecessária e politicamente incorreta.

Economicamente desnecessária, porque o Estado dispunha e dispõe dos meios gerenciais e financeiros para realizar a modernização, ampliação e administração dos aeroportos. E para atrair o capital privado, havia alternativas melhores do que a concessão.

Politicamente incorreta, porque a concessão facilitou o ataque da mídia e da oposição, que busca sair das cordas e nos arrastar para a vala comum das privatarias, acusando ao PT e ao governo de estelionato, incoerência etc.

Do ponto de vista estratégico, a opção pela concessão confirma que estamos diante de um dilema.

Como dissemos antes, nem o PT, nem o governo Dilma são partidários de uma estratégia privatizante. Mas...

Mas como não conseguirmos fazer uma reforma tributária; como as taxas de juros continuam altas; como estamos demorando a adotar medidas macroeconômicas que nos protejam do agravamento da crise; logo...

Logo será cada vez maior a carência de recursos para o país continuar crescendo com ampliação das políticas sociais. E frente a um cobertor curto, será cada vez maior a tentação oferecida por falsas alternativas, tão ao gosto dos tucanos, como privatizações de variadas modalidades, reformas conservadoras da previdência, cortes orçamentários etc.

O dilema consiste nisto: ou percebemos que para uma nova situação é necessária uma nova estratégia, ou conseguimos a força necessária para fazer mudanças de fundo, ou seremos empurrados para aquelas situações aparentemente sem saída, nas quais somos levados a escolher o mal menor.

Aparentemente menor...

Valter Pomar, membro do Diretório Nacional do PT

domingo

#BlogNemComento - Uma instituição falida




Nada mais sério que uma instituição falida. Não, não sou tricolor, não sou adepto a torcida organizada e fiquei 'puto' com o resultado do jogo por inúmeras questões que não é do interesse dessa postagem.


O valor da mobilidade e do choque da cavalaria foi muito apreciado e explorado pelos exércitos da Antiguidade e da Idade Média, muitos dos quais eram constituídos, praticamente, apenas por tropas a cavalo. Isso acontecia especialmente nas sociedades nômades da Ásia que originaram os exércitos mongóis. Os cavalos passaram pela Europa Feudal, Primeira Guerra, Segunda Guerra, União Soviética e se firmam na Polícia Militar do Brasil e de outros países firmam isso.

Hoje em dia, não vejo essa necessidade de investir em cavalaria, pois, há inúmeros gastos com animais e ambientes para que eles sejam bem tratados. Investimentos em outras áreas de inteligência, humanização e qualidade de trabalho deveriam ser o norte da instituição.


Não julgo o caráter dos que estão nas 'Organizadas', no entanto o [des]serviço de muitas atuações da Polícia Militar nos deixam ressabiados. Sejam em protestos de estudantes, movimentos sociais e afins o tratamento é o mesmo: choque com tempero de pimenta.

Está mais que provado que necessita de uma nova visão do que queremos com as nossas forças armadas, caso contrário estaremos financiando, ainda mais, uma instituição falida.

quinta-feira

#BlogNemComento - O mundo e suas crises

Citando o texto de conjuntura da Articulação de Esquerda, começo esse texto assim: O mundo está imerso em uma crise profunda e duradoura, de graves conseqüências.’. De fato, o que vemos é uma mistura nada legal que cairá numa indigestão.

Qualidade boa e destacada dos homens (não em condições de gênero e sim de Humanidade), especialmente a integridade e o valores estão escassos. O que é hoje, não será amanhã. Essa derrota para o pensamento Liberal de consumo e de ser consumido, nós perdemos uma das grandes qualidades: hombridade.

Esse jogo sem regras, centralizados no ego do Rei deixa em xeque as relações. Esse caminho cruzado e sem um embasamento norteador, parafraseando Carroll, autor de Alice do País das Maravilhas, qualquer caminho serve quando você não sabe para onde está indo.

O Rei, sem saber o que fazer e estando do lado de uma rainha cheia de desejos, é sucumbido. A rainha, aquela mesma de Carroll, nos ensina mais algumas coisas: ‘é melhor ser temida do que ser amada’. Esse é o retrato do mundo que está imerso em sua crise.

quarta-feira

#BlogNemComento - Isaltino, PT e o caso Platônico Socrático.


Em tempos de [pós]modernidade o que era sólido vive se desfazendo no ar ou nos atos. Em tempos, que deveriam ser, de novos rumos e ideais, os protagonistas vivem em contradições e esquecendo de onde tem raízes.

Os últimos acontecimentos aqui em Pernambuco, em relação ao PT, nos deixa, no mínimo, intrigados. Disciplina, respeito e transparência que deveriam nortear as ações dos militantes, que historicamente deveriam ter, pelo menos, um fim: o Socialismo. Nada, o físico e o não físico, foi/está sendo feito para retardar esse crescimento do pragmatismo eleitoral dentro e fora do PT.

No entanto, vamos alinhar nessas pobres linhas o aspecto sobre a ética. Segundo o consenso unânime de autores, dois temas fundamentais norteiam a reflexão ético-filosófica de Platão: de um lado, o conhecimento e as condições que tornam possível e, simultaneamente, a natureza metafísica do que é conhecido (“Como posso conhecer como devo viver?”); de outro lado, a questão socrática fundamental que tematiza a importância da moralidade para vida feliz e as condições necessárias de sua realização na polis: “Como eu devo viver?”.

A ação do ‘conhecer’ deve-se ao reconhecer, no outro, você mesmo. Nada mais justo que os Clássicos norteiem, tão bem ou deveriam, questões importantes hoje. Esse desconhecimento do outro, estranhamento cotidiano e egoísmo mais em moda do que ‘novinha’ em brega dá elementos fundamentais do estamos vivendo.

Para exemplificar, e sendo objetivo, numa concepção de um Partido Marxista, dXs TrabalhadorXs e com identificação de classe, o caso Isaltino (Secretario do Governo Burguês de Eduardo Campos) teria outros rumos. Sendo o PT um partido que tivesse uma posição firme de seus atos, ou melhor, tendo por base os Clássicos traria os atos de Isaltino numa confluência dialética baseada nas perguntas simples: “Como posso conhecer como devo viver?” e “Como eu devo viver?”. Sem conceitos de infra e superestrutura, só Platão: Isaltino é produto do PT ou o PT é produto de Isaltino?

Ao meu ver, Isaltino deveria ter sido exonerado do cargo e levado ao comitê de ética do Partido, pois, o básico deveria ter sido essencial na sua gerência “Como eu devo viver?”, pois, o mesmo já conhece o que deve fazer ou deveria.

#BlogNemComento - Espancado por ser negro