Em tempos de [pós]modernidade o que era sólido vive se desfazendo no ar ou nos atos. Em tempos, que deveriam ser, de novos rumos e ideais, os protagonistas vivem em contradições e esquecendo de onde tem raízes.
Os últimos acontecimentos aqui em Pernambuco, em relação ao PT, nos deixa, no mínimo, intrigados. Disciplina, respeito e transparência que deveriam nortear as ações dos militantes, que historicamente deveriam ter, pelo menos, um fim: o Socialismo. Nada, o físico e o não físico, foi/está sendo feito para retardar esse crescimento do pragmatismo eleitoral dentro e fora do PT.
No entanto, vamos alinhar nessas pobres linhas o aspecto sobre a ética. Segundo o consenso unânime de autores, dois temas fundamentais norteiam a reflexão ético-filosófica de Platão: de um lado, o conhecimento e as condições que tornam possível e, simultaneamente, a natureza metafísica do que é conhecido (“Como posso conhecer como devo viver?”); de outro lado, a questão socrática fundamental que tematiza a importância da moralidade para vida feliz e as condições necessárias de sua realização na polis: “Como eu devo viver?”.
A ação do ‘conhecer’ deve-se ao reconhecer, no outro, você mesmo. Nada mais justo que os Clássicos norteiem, tão bem ou deveriam, questões importantes hoje. Esse desconhecimento do outro, estranhamento cotidiano e egoísmo mais em moda do que ‘novinha’ em brega dá elementos fundamentais do estamos vivendo.
Para exemplificar, e sendo objetivo, numa concepção de um Partido Marxista, dXs TrabalhadorXs e com identificação de classe, o caso Isaltino (Secretario do Governo Burguês de Eduardo Campos) teria outros rumos. Sendo o PT um partido que tivesse uma posição firme de seus atos, ou melhor, tendo por base os Clássicos traria os atos de Isaltino numa confluência dialética baseada nas perguntas simples: “Como posso conhecer como devo viver?” e “Como eu devo viver?”. Sem conceitos de infra e superestrutura, só Platão: Isaltino é produto do PT ou o PT é produto de Isaltino?
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