Cemitério dentro dos seus muros,
O portão de passar as largas redes,
As cruzes florescendo nos matumbos.
O adubo nos leirões, canteiros verdes.
A sementeira em tempo de colheita
O coração bruto, de sentimento descascado,
O sono-tempo, a mão que-a-pedra aceita,
Os ossos com seu gesso envernizado.
O descanso do sol na terra fria,
O som de enxada branca-luz cavando
Os sete-palmos da antimoradia.
As excelências, ladainhas, credos,
E as velhas rezadeiras amarrando
Os pássaros das almas nos cabelos
E por fim, enterram-me.
E nesse enterrar bruto,
Enterram o meu coração,
O meu amor!
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