domingo
#BlogNemComento - Esta merda tem que acabar
terça-feira
#BlogNemComento - A caravana da esperança: as diferenças, os mitos e a política.
No final da década de 80 o Brasil passava por um desdobramento político construído pelos movimentos sociais que seria o fim da Ditadura Militar e a (re)inauguração da democracia brasileira. Em Pernambuco, não muito diferente, que fora um dos palcos mais importantes das lutas, existia uma candidatura de cunho social e da classe média, beirando, até, as classes mais altas: a caravana da esperança de Miguel Arraes.
Vindo do exílio, com uma construção simbólica do chapéu de palha, uniu Pernambuco em um único campo, a fim de ganhar aquele pleito. Ganhou, fez o governo e em 1997 perde para Jarbas Vasconcelos.
Esse breve introito, aparentemente, expõem dois campos: o da esquerda com Miguel Arraes e a direita com Jarbas Vasconcelos. Não diferente de 2006, quando Eduardo Campos concorreu contra Mendonça Filho e ganhou para o Governo de Pernambuco. No entanto, fisiologicamente, Eduardo se propunha de esquerda.
A esperança que surgiu no final dos anos 80, ressurge com Eduardo para um bom processo de Governo e, aos poucos, vai enveredando para a direita.
Durante todo seu governo, e até hoje, o Governador Eduardo Campos não se intimidou em revelar o seu desejo de um programa nacional. E em Pernambuco construiu sua coalizão com os mais diversos caciques, e assim, atrelando mais de 80% das prefeituras de Pernambuco. Adesão maciça das Prefeituras, uma ALEPE sem oposição, o trator do Palácio das Princesas passa por Pernambuco.
No campo da Educação, que qualifico um pífio rendimento, utiliza-se dos modelos de Escolas Integrais, bem diferentes dos modelos lançados por Anísio Teixeira, para popularizar-se ainda mais. Muitas vezes sem estrutura, o professor, sem PISO, é pressionado por metas. Na única Universidade Estadual, a UPE, a situação é caótica: campus que faltam energia, aulas que acontecem sem o mínimo de estrutura, sem acessibilidade, espaços de interação e falta de professores. Sem as devidas preocupações com a Pós-Graduação (Mestrado e Doutorado) a UPE ainda sobrevive com um único Doutorado da Faculdade de Odontologia.
Os movimentos sociais, sindicatos, movimentos juvenis e afins desmobilizados ou cooptados pelo mito de Eduardo. 84 % de aprovação separa a realidade para a construção mitológica criada desde finais dos anos 80 com os dias atuais.
A década de 80 relembrada, governo na casa sempre dos 80% e duas vezes 40, um Pernambuco travestido de mitos da política, uma saúde sendo privatizada aos poucos, setores importantes da COMPESA também e uma crítica, acrítica.
Virar a esquerda com um projeto de Governo Popular é necessário. Colocar-se como alternativa, nós do PT e particularmente da Articulação de Esquerda, é objetivar nossos anseios por um Pernambuco de Agricultura Familiar, Reforma Urbana, sustentabilidade, acessos a direitos primordiais e essenciais, fortalecendo o Estado.
sexta-feira
#BlogNemComento - Senhores, sou um poeta.
Senhores jurados sou um poeta
um multipétalo uivo um defeito
e ando com uma camisa de vento
ao contrário do esqueleto
Sou um vestíbulo do impossível um lápis
de armazenado espanto e por fim
com a paciência dos versos
espero viver dentro de mim
Sou em código o azul de todos
(curtido couro de cicatrizes)
uma avaria cantante
na maquineta dos felizes
Senhores banqueiros sois a cidade
o vosso enfarte serei
não há cidade sem o parque
do sono que vos roubei
Senhores professores que pusestes
a prémio minha rara edição
de raptar-me em criança que salvo
do incêndio da vossa lição
Senhores tiranos que do baralho
de em pó volverdes sois os reis
sou um poeta jogo-me aos dados
ganho as paisagens que não vereis
Senhores heróis até aos dentes
puro exercício de ninguém
minha cobardia é esperar-vos
umas estrofes mais além
Senhores três quatro cinco e Sete
que medo vos pôs por ordem?
que pavor fechou o leque
da vossa diferença enquanto homem?
Senhores juízes que não molhais
a pena na tinta da natureza
não apedrejeis meu pássaro
sem que ele cante minha defesa
Sou uma impudência a mesa posta
de um verso onde o possa escrever
ó subalimentados do sonho!
a poesia é para comer.
Antologia da Poesia Portuguesa Contemporânea, Editora Nova Aguilar, 1999 – RJ, Brasil
#BlogNemComento - Recife 14 dias sem jornais circulando. Em 1990. Vídeo histórico
#BlogNemComento - Charges de Carlos Latuff de apoio ao Ocupa USP
#BlogNemComento - Gráficos de Pernambuco aprovam estado de greve e prometem intensificar ações
Escrito por: Sindgraf-PE
Os empresários gráficos optaram em sair do silêncio para oferecer um ridículo reajuste salarial aos seus trabalhadores. Na verdade, o percentual corresponde à reposição da inflação anual, logo, não existe na prática, aumento de salário. A proposta demonstra que, mesmo após a greve na gráfica IGB e paralisação no Diário de Pernambuco, os patrões insistem em desrespeitar a categoria. Porém, os trabalhadores estão mobilizados e decidiram em assembleia entrar em Estado de Greve e, em caso de nova proposta indecente dos patrões, o cenário pode se transformar em Greve Geral.
Para decidir sobre o caso, os trabalhadores terão uma nova Assembleia Geral na quinta-feira (3), às 19h, na sede do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Gráficas de Pernambuco (Sindgraf-PE), filiado à CUT-PE. Os trabalhadores querem um reajuste de 17% e implementação de plano de cargos e salários, além de outros benefícios sociais.
A categoria espera que dessa vez, a pauta de reivindicação seja analisada seriamente pelos empresários. “Queremos uma proposta de reajuste salarial com base no atual crescimento econômico do Estado, condição que também permite que se avance nas clausulas sociais”, conta o Sindicato, ressaltando que é mais que justo partilhar o progresso econômico vivido em Pernambuco.
Entretanto, o Sindicato adianta que as grandes empresas estão sendo analisadas de forma particular. Em campanhas salariais anteriores, estas gráficas sempre ficavam no guarda-chuva das pequenas, pois acabavam se beneficiando na hora da definição do reajuste salarial, uma vez que o sindicato patronal sempre justificou que um maior aumento percentual poderia quebrar as pequenas e médias gráficas. Dessa forma, o salário era aumentado com base na capacidade das menores, enquanto que as maiores empresas, que possuem grande capital e negócios, faturavam ainda mais às custas dos pequenos salários e condições de trabalho dos funcionários.
“Agora, são as grandes empresas que terão que pagar a conta”, diz o sindicato, destacando que o piso salarial não pode ser simplesmente estabelecido pela condição das pequenas. O piso tem que ser digno para todos trabalhadores e aquelas empresas que possuem melhores condições econômicas precisam remunerar ainda melhor seus funcionários. Inclusive, já tem empresas que sinalizam fechar acordo em separados da proposta do sindicato patronal, mostrando uma evolução bem superior a da mesa de negociação, demonstrando que não querem paralisações, nem outro tipo de mobilização dos trabalhadores em suas empresas. ‘Quem sabe faz a hora não espera acontecer’.
Será que o Diário de Pernambuco e o Jornal do Commercio vão terceirizar o processo? Fica a pergunta!
quarta-feira
#BlogNemComento - A violência e a mulher
Por Maria Beatriz Nader (27/10/11)
Para a compreensão da complexidade da violência contra a mulher o conceito de gênero deve ser entendido como uma construção social e cultural, sustentada pela diferença do feminino e do masculino. Se o conceito de gênero é a distinção entre atributos culturais alocados a cada um dos sexos e a dimensão biológica de seres humanos, a violência contra a mulher se refere a qualquer ato de violência que tenha por base o gênero, ou seja, o fato de a vítima ser mulher.
Desde os anos de 1960, muitas mulheres, acadêmicas ou ligadas a outros setores sociais, organizadas, deram origem ao Movimento Social Feminista. Fruto desse Movimento, a Secretaria de Políticas para as Mulheres, desde 2003, institui políticas públicas para o enfrentamento às desigualdades entre homens e mulheres. Sua criação reforça a violência contra mulher como um problema social e dá “visibilidade” a essa violência, pautando-se no entendimento de que a relação entre os sexos não é um fato natural, mas sim uma interação social construída e com interesses ideológicos patriarcais que firmam o poder masculino sobre o feminino.
Para nós, capixabas, a indicação do nome de Iriny Lopes para a direção da SPM foi um orgulho. Ficamos ainda mais orgulhosas quando percebemos que ela é uma ministra atenta e tem se posicionado diante de questões que até então eram vistas como “apenas uma propaganda publicitária”, mesmo que estas reforcem sistematicamente o lugar da mulher como a “boa dona de casa” ou como um “fetiche”.
A estratégia publicitária de transformar o corpo da mulher em mercadoria, ao invés de promovê-la como sujeito, reforça o seu lugar de objeto. E isso tem tudo a ver com o fenômeno da violência contra mulheres, já que o agressor não vê a sua agredida como igual numa relação, mas num patamar inferior.
Vivemos um paradoxo: enquanto o Estado brasileiro promulga a Lei Maria da Penha, uma das mais avançadas do mundo no combate à violência contra mulheres, temos que conviver com propagandas publicitárias com personalidades que reificam a subordinação sexual. No caso capixaba, a situação ainda é mais grave já que, segundo o Mapa da Violência do Instituto Sangari (2010), o Espírito Santo lidera o ranking nacional de mortes violentas de mulheres.
Isso sim deveria se objeto de discussão permanente na imprensa e nas campanhas publicitárias, espaços que poderiam ser aliados da luta das mulheres contra violência, pautando seu trabalho sempre na responsabilidade social e no respeito aos direitos humanos.
*Maria Beatriz Nader é professora da Ufes e membro da Academia Feminina Espírito-Santense de Letras
Fonte: Gazetaonline
terça-feira
#BlogNemComento - Eu não vou me mover - Curta Metragem
segunda-feira
#BlogNemComento - Faxina de Aldo esbarra em interesses do PCdoB
A “faxina” exigida pela presidente Dilma Rousseff no Ministério do Esporte obriga o novo titular da pasta, Aldo Rebelo, a mexer num “paredão” de comunistas, boa parte composta por ex-dirigentes da União Nacional dos Estudantes (UNE), alocados em áreas estratégicas e suspeitos de desvio de recursos públicos. Aldo vive um dilema. Recebeu a ordem da presidente para mudar o comando da pasta, mas sabe que as trocas em meio a um escândalo de corrupção respingam nas pretensões eleitorais do PC do B em 2012. A tropa do partido dentro do ministério não é técnica, mas política e com objetivos concretos na disputa municipal do ano que vem. São dirigentes regionais e nacionais da legenda, homens de comando do PC do B nos Estados, que agora temem a exposição pública. Temem ainda ser demitidos a partir de amanhã, quando Aldo Rebelo toma posse, numa “faxina” semelhante à que ocorreu no Ministério dos Transportes em julho.
Por enquanto, Aldo Rebelo só confirmou a saída do secretário executivo, Waldemar Souza, do PC do B do Rio – uma espécie de número dois da pasta. Há pelo menos mais sete pessoas que podem entrar na forca após a queda de Orlando Silva: Wadson Ribeiro, Ricardo Capelli, Ricardo Gomyde, Alcino Reis Rocha, Fábio Hansen, Vicente José de Lima Neto e Antonio Fernando Máximo.
Fonte: Blog do Magno
#BlogNemComento - Nota de solidariedade em plenário
Esperamos que, por conta de um empresário, como poderíamos dizer, inescrupuloso, que vinha utilizando material de hospitais americanos, toda aquela região, bem como todo o seu povo, não se vejam comprometidos.
Portanto, aqui fica toda a minha solidariedade aos empresários sérios que vêm trabalhando em prol de Pernambuco.'
#BlogNemComento - As fraudes da mídia com o ENEM
Será que a imprensa utilizará os mesmos critérios usados para desacreditar o ENEM 2011 feito por 4 milhões de estudantes em todo o Brasil para o exame da Fuvest 2011?
Inep investiga como repórter fraudou prova do Enem ( Link )
Site:Terra - 24/10/2011
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) afirmou nesta segunda-feira que abriu uma investigação para apontar possíveis erros que permitiram um repórter do jornal carioca O Globo fraudar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Nesta segunda-feira, o jornalista Lauro Neto contou como fez para vazar o tema da prova da redação - divulgado pelo jornal na internet às 13h59 de domingo, uma hora antes do horário permitido aos estudantes deixar o local de provas.
"Bateu vontade de ir ao banheiro. Como não havia nenhum fiscal por perto, decidi testar a segurança da prova e mandei um SMS para a equipe de reportagem do GLOBO com o tema da redação: 'Viver em rede no século XXI: os limites entre o público e o privado'. (...) Deu tempo até de mandar outro torpedo com os títulos e autores dos textos da coletânea", disse em texto publicado no site do jornal na manhã de hoje.
Além de usar um aparelho celular para passar uma mensagem com o tema da redação, o repórter fez propositalmente a prova com outros itens que eliminariam os candidatos. Lauro Neto usou boné, óculos escuros, caneta não transparente, além de lápis e borracha - proibidos no edital do Enem.
"Voltei à sala, preenchi a folha de respostas com lápis, canetas azul e preta (não transparente), e dei um título à redação, pensado no banheiro: 'Sorria, você está sendo eliminado!'. Depois, entreguei aos fiscais e fui embora pensando: se eu fosse um aluno desesperado para entrar na faculdade, poderia até ter consultado a internet pelo celular ou trocado SMS com algum professor para tirar dúvidas...", escreveu.
A assessoria do Inep informou que os coordenadores da prova já foram chamados para avaliar o que aconteceu. Segundo o órgão, não houve vazamento e nenhum prejuízo aos demais candidatos porque a prova estava em sigilo total até o momento em que foi aberta, às 13h de domingo.
Mais de 1,4 milhão deixam de fazer a prova
Pouco mais de 26% dos 5,3 milhões de inscritos no Enem - o que corresponde a cerca de 1,4 milhão de candidatos - não compareceram nos dois dias de prova. O índice médio de abstenção nesta edição foi ligeiramente inferior ao registrado no ano passado, quando 27,6% dos candidatos faltaram.
No sábado, os candidatos tiveram quatro horas e meia para responder 90 questões de Ciências Humanas e da Natureza. O segundo dia de provas foi composto de 90 questões de matemática e linguagens, além da redação. No domingo, o prazo para concluir a prova foi de cinco horas e meia.
A partir do resultado da prova do Enem, os alunos se inscrevem no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e podem pleitear vagas em instituições públicas de todo o País. A participação no Enem também é pré-requisito para os estudantes interessados em uma bolsa do Programa Universidade para Todos (ProUni). Os benefícios são distribuídos a partir do desempenho do candidato no exame e podem ser integrais ou parciais, dependendo da renda da família. Para participar do programa é preciso ter cursado todo o Ensino Médio na rede pública.
Em 2012 a prova terá duas edições, uma no primeiro semestre e outra no segundo. A primeira edição do ano que vem já está confirmada para os dias 28 e 29 de abril. A data da segunda edição ainda não foi definida em função das eleições municipais, que ocorrerão em outubro, mês de aplicação do Enem 2011.
sábado
#BlogNemComento - O bobalhão
terça-feira
#BlogNemComento - Entrevista de Leonardo Boff na RedeTv
segunda-feira
#BlogNemComento - O que acontece quando o casal vê um filme que o homem escolheu
#BlogNemComento - Oposição, sempre, ridícula.
Nem pra ganhar a eleição da PCR em 2012 consegue.
sexta-feira
#BlogNemComento - Nota de Repúdio
À Secretaria Executiva Nacional
Ao Diretório Regional de Minas Gerais
Ao Diretório Municipal de Belo Horizonte
Fomos surpreendidas com a notícia de que o dirigente do Partido dos Trabalhadores de Belo Horizonte de nome Nartagman Wasly Aparecido Borges, julgado e condenado a sete anos e nove meses de prisão por estupro de incapaz - uma menina de apenas 9 anos e sua enteada à época do crime (2004) - continua filiado e Secretário de Organização do PT de Belo Horizonte. Foragido desde maio, finalmente foi preso no início do mês de setembro.
Trata-se de um crime hediondo, de uma violência brutal praticada contra uma menina e que deve ser rechaçada pelo Partido dos Trabalhadores em quaisquer que sejam as circunstâncias. Entendemos que um dirigente partidário deve dar o exemplo, ser uma pessoa correta e íntegra, que tenha condições de defender o nosso Estatuto. Como se pode verificar este senhor de nome Nartagman Wasly Aparecido Borges, tem atitudes que comprometem a história do Partido dos Trabalhadores, que viola os direitos humanos básicos, que agride a postura socialista deste Partido. Além de ser condenado por estupro, trata-se de um crime de pedofilia e ainda, de acordo com o delegado do Departamento de Investigações, Alexandre Oliveira, Nartagman também assediava a irmã dela e uma empregada doméstica.
Portanto, nós mulheres do PT de Pernambuco, exigimos a expulsão imediata do filiado e dirigente do Partido dos Trabalhadores de Belo Horizonte, Nartagman Wasly Aparecido Borges. Não há nenhuma possibilidade de tê-lo entre os nossos quadros, entre os filiados e nas trincheiras da luta socialista. Ele deve cumprir pena e pagar pelo crime que cometeu.
Solicitamos a todos e todas os/as dirigentes, parlamentares e militantes Petistas que se juntem ao nosso pleito, bem como ao Diretório Estadual de Minas Gerais e ao Diretório Nacional um posicionamento pela expulsão imediata de Nartagman Wasly Aparecido Borges do Partido dos Trabalhadores.
Secretaria Estadual de Mulheres do PT/PE.
Wanda França – Secretária Estadual.
Coletivo Estadual de Mulheres do PT/PE.
Aron Gomes.
Flávia Verçoza.
Irani Brito.
Jô Meneses.
Raquel Esteves.
Suely Oliveira.
quarta-feira
#BlogNemComento - Brasil. Um país longe do Laicismo
O Brasil é um país que têm uma forte influência religiosa, em parte pelo passado de colonização e miscigenação com a população africana, que é um povo de extrema religiosidade, e os portugueses que trouxeram o catolicismo como religião oficial. Dentre a religião Católica e o Candomblé que foram as primeiras religiões a serem trazidas de fora, também eram pregadas a religião indígena voltada para as forças da natureza e de deuses que os próprios acreditavam. A história do Brasil é marcada por sofrimento e apegação a fé, o que pode nos explicar a grande influência que as religiões ainda têm sobre o estado brasileiro.
Embora a história têm mostrado que a grande base e talvez uma grande aliada do estado brasileiro têm sido a religião, a Constituiçao Federal assegura um Estado Laico e nossos governantes vêm eleição após eleição, a proclamar esse estado, que não existe.Diferente do que se prega, o Brasil hoje é um país que está além de um grande parceiro da religião, está além disso.O Brasil hoje é um país dominado pela religião e que está longe do tal estado laico.A Política está cheia dos pastores e bispos que fazem pressão perante o congresso e as câmaras pelo Brasil a fora, lutando para que as leis que lá votadas, sejam aprovadas a partir de um " raio x " dogmático.Usar da fé, ideiais dogmátios e conceitos religiosos tem virado cada vez mais rotina em nosso país, pois é uma prática que dificilmente irá dar errado.
A fé, aquela que move montanhas, é capaz de ilubridiar as pessoas a concordarem com qualquer coisa que seu líder religioso proclame, sem ao menos estudar o que o mesmo prega. A fé ganha além dos líderes reliosos-políticos, os fiéis, e por isso fica mais fácil aprovar suas substituições, arquivamentos, etc.
Para a população gay, o fardo é mais pesado, pois somos alvos certos e óbvios.A população evangélica, e devo dizer nem todas, mas a maioria, têm em sua consciência que somos abominações demoníacas e muitas pessoas ainda proclamam sermos aberrações e doentes mentais. Algumas pessoas acabam se destacando tanto que conseguem chegar em um patamar diferenciado, viram políticos.
Essas pessoas detém o poder de criar, mudar e aprovar ou não leis, projetos e qualquer iniciativa pró gay que tramita em todo Brasil, e os mais importantes, no congresso nacional.A anos o movimento gay têm sofrido com os embates persistentes contra os religiosos conservadores que perseguem os projetos e iniciativas a favor da população gay, e infelizmente os mesmos tem se saido melhores nessa guerra entre a liberdade e opressão.O perseguição desses religiosos eleitos é feita descaradamente e sem nenhuma vergonha na cara, com declarações preconceituosas, e pior, dentro dos próprios orgãos políticos.Tenho a opinião de que se você nasce para ser um pastor, padre ou qualquer que seja a religião que representa, o faça com louvor e honestidade. Se você nasce para ser político e representar o povo, o faça com perfeição ou tente representar-nos da melhor forma possível.Agora se você nasce um ou outro e não consegue desvincular os ambos assuntos, atrapalhando assim tantas pessoas, espalhando o ódio e manipulando as pessoas em nome de Deus, não tente fazer nada de tão complexo, por que sua inteligência não suporta.O estado deve ser laico e assegurar que a sociedade brasileira e seus poderes políticos não estejam na mão da fé e do conservadorismo. A história mundial mostra que todas as vezes em que a religião se manteve a frente da política e da gestão pública, as cenas foram de injustiças e sangue. O Brasil ainda é um país longe do laicismo, culpa parte das pessoas que votam sem ao menos analizarem as verdadeiras pretenções de seu candidato. Separar o estado das religiões deve ser uma luta real e persistente para que o Brasil seja mais plural e igualitário para sua sociedade.Se esses líderes religiosos mal conseguem fazer seu trabalho de parlamentar, julgando projetos e leis a partir de seus dogmas, imagino o "bom" trabalho que o mesmo faz para encaminhar suas ovelhas ao reino dos céus.
#EstadoLaicoJá
Fonte: http://gplaneta.blogspot.com/
#BlogNemComento - Heloisa Villela: Em livro, psiquiatra entrega os segredos sujos da profissão
por Heloisa Villela, de Washington
Li, de ontem para hoje, um livro muito interessante. Não é lançamento deste ano. Ele foi publicado em maio de 2010. Mas é muito atual. Unhinged, do doutor Daniel Carlat, é um relato muito honesto de um profissional que viveu as mudanças da psiquiatria norte-americana no dia-a-dia. O médico acabou transformando sua prática e a relação com os pacientes depois de se ver questionado por alguns deles e por um punhado de colegas.
O doutor Carlat também teve suas brigas com a depressão. A mãe tinha problemas sérios e se suicidou quando ele saiu de casa para cursar a universidade. Formado em psiquiatria, Daniel Carlat começou a atender os pacientes. Como conta, aprendeu a usar o livro de diagnósticos da profissão (atualmente o Diagnostic and Statistic Manual of Mental Disorders-IV) e a receitar os remédios. Depressão, bipolaridade, alguns casos de Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade…
Enquanto se especializava no Hospital de Massachussets, foi reparando na relação estreita entre os psiquiatras e os representantes da indústria farmacêutica. Vendedores fazem todo tipo de salamaleque, oferecem agrados, presentes e jantares, para seduzir os donos do bloquinho de receitas. Antes de mais nada, é bom deixar claro: o doutor Carlat receita remédios a seus pacientes até hoje. Acredita que a profissão precisa de todos os instrumentos disponíveis para aliviar o sofrimento de quem procura ajuda.
Mas o que ele viu, e fez, ao longo dos anos foi bem mais que isso. Ele próprio foi contratado por uma empresa fabricante de remédios para depressão para dar palestras em clinicas e hospitais. Reuniu médicos em almoços e destacou as vantagens de um remédio (o da empresa que pagava pelas palestras, claro) em comparação a outros. O doutor Carlat confessa que escondeu dados e ressaltou o que havia de melhor nas pesquisas, sempre do ponto de vista da empresa-patroa. Quando ele começou a ser um pouco mais honesto, perdeu a boquinha.
O autor destaca que com certeza existem diferenças entre os remédios usados na psiquiatria. Por exemplo, se o paciente está sofrendo por causa da depressão e ainda por cima está emagrecendo muito, é melhor receitar um remédio que provoca ganho de peso como efeito colateral. Mas, pra quem já pesa mais do que devia, procura outro.
Existem diferentes categorias de antidepressivos, mas em cada categoria não existe diferença notável entre as drogas. O doutor Carlin pode receitar um ou outro remédio como primeira tentativa para um paciente, e escolher outro para um segundo. Como ninguém sabe, exatamente, até hoje, porque um remédio aparentemente funciona para uma pessoa, em determinado momento, e não para outra, tudo não passa mesmo de tentativa e erro. Tenta-se um remédio e observam-se as consequências. Se vai bem, ótimo. Caso contrário, tenta-se outro.
Mas o que realmente impressiona, no livro, é a descrição nua e crua que o autor faz da forma como a indústria farmacêutica opera para promover seus produtos: como esconde dados, manipula resultados e como a FDA (Food and Drug Aministration, agência federal encarregada de vigiar a qualidade dos remédios) é frouxo nas exigências, além de permitir abusos.
No livro, o doutor Carlin expõe a promiscuidade entre psiquiatras e a indústria farmacêutica, os que ganham muito dinheiro promovendo remédios e repetindo dados maquiados, os que simplesmente assinam “artigos cientificos” sem ler, sabendo que eles foram escritos, na verdade, pela própria indústria farmacêutica, e a grande maioria dos profissionais que se limita a receber o paciente, fazer o questionário de rotina e receitar remédios, sem se preocupar com o conhecimento mais aprofundado dos problemas do paciente… Foi o que ele fez durante anos.
Ele explica: não se ganha dinheiro de outra forma. Receber um paciente por 45 ou 50 minutos é prejuízo na certa. Em 15 minutos o questionário padrão está respondido, o remédio receitado e o próximo paciente já está dentro do consultório.
Quando mudou a prática, depois de tudo que testemunhou, o doutor Carlat começou a ver melhores resultados na saúde dos pacientes. Hoje, ele usa uma combinação de remédios e terapia. Diz que a psiquiatria norte-americana está em crise. Crise de credibilidade, por causa do casamento com a indústria farmacêutica; com a imagem distorcida, por vender a ideia de que psiquiatria é uma ciência que tem base biológica, por insistir que depressão, transtorno bipolar e outras doenças são provocadas por desequilíbrios químicos no cérebro, ideia que se tornou popular.
O doutor Carlin até acha que um dia a Ciência talvez consiga comprovar essa teoria e explicar exatamente como tudo acontece. Mas sabe — e deixou claro no livro — que até hoje é tudo tentativa e erro. O autor diz que a profissão precisa ser totalmente reestruturada. O foco exclusivo na farmacologia, em detrimento de outras técnicas, tem que ser revisto.
Ele acha que treinar os profissionais dentro da escola de medicina exacerba a ênfase na visão biomédica dos problemas mentais. Toma tempo demais com todo o aprendizado necessário para exercer a medicina e totalmente desnecessário para exercer a psiquiatria. Tempo que, segundo ele, deveria ser empregado ensinando outros tipos de psicoterapia: terapias em família, de grupo, avaliações neuropsicológicas e uso do apoio comunitário para tratamento das doenças mentais crônicas. Sem falar, é claro, no restabelecimento dos padrões éticos na relação entre profissionais do ramo e a indústria farmacêutica.