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quarta-feira

#BlogNemComento #RedePT13 - Votar no PT/Recife, por quê?



Não vou me ater em reproduzir um discurso meramente desenvolvimentista/consumista. Escrevo nessas breves linhas, alguns motivos, pelo qual, estou convencido que o projeto do PT em Recife deve continuar.

Um breve introito 

No começo desse século, depois daquele que foi do extremo, segundo Eric Hobsbawm, o PT teve um grande crescimento, mesmo com um decréscimo na sua carga ideológica por causa das alianças e ações. E não foi diferente aqui em Recife. Nas eleições de 2000, onde houve uma grande mobilização popular, o PT, enfim, chega a Prefeitura do Recife e consequentemente em várias capitais do Brasil. Isso seria uma base consolidada para a campanha de Lula em 2002.

Vitorioso, João Paulo organiza seu governo no intuito democrático popular e fortalece setores importantes da Prefeitura. Ganha uma parcela da população, mas, nem toda. Sua reeleição é tensa e dura. Mais uma vez vitorioso, segue para seu segundo mandato o período mais vitorioso do projeto do PT em Recife.  O Orçamento Participativo é fortalecido, o carnaval multicultural (mesmo com erros conceituais) e a relação das moradias, mais do que nunca, se tornam o carro chefe para eleger João da Costa, atual Prefeito.

Depois de 8 (oito) anos de mandato do PT/Recife, a população aprova, mais uma vez, o governo petista e elege, no primeiro turno, João da Costa. João da Costa não faz um governo tão popular e nem populista. Nem tão ruim e nem grandioso. Administra e nada mais. Não sei se é esse o erro ou um dos, mas, um PT já estava se movendo para algo mais à frente.

Depois de uma desconstrução interna, política, saúde e tantos outros problemas, João da Costa passa por um processo de prévias, onde sairia vencedor. Mauricio Rands, que tivera sido o opositor contra João da Costa, sai do PT (e vai ser agente do PSB) pelo mesmo motivo que hoje afasta o grupo de João da Costa: intervenção nacional da cúpula do PT.

Pós prévias e reunificação


Logo após as prévias do PT/Recife, nada ficou de produto positivo. Não houve um debate qualitativo para a cidade, um olhar audacioso para o programa do PT/Recife e afins. O que sobrou foram as batatas para o vencedor, que nessa altura já se configurava Humberto Costa. A, possível, reunificação do PT/Recife viria nos altos índices que João Paulo detêm no Recife. Mesmo com João Paulo na vice, na chapa pura do PT, muita coisa não mudou. O grupo do Prefeito configura-se, ainda, morno. Nem quente e nem frio. Faz sua campanha no proporcional sem fazer alusão à chapa majoritária.

A reunificação do PT deveria existir a partir do programa. Programa este que, meramente, foi esquecido durante as prévias e um pseudo-programa defendido por Rands. Um programa que seja da base, jamais estará atrelado as PPP's do [des]Governo do Estado. O IMIP, que está ligado as privatizações da saúde como um todo, precariza o serviço e desvaloriza o SUS.

Um programa para as/os Trabalhadores

Dito isto, o PT/Recife só tem um caminho: um projeto voltado aos trabalhadores, longe das mazelas da frente popular (PMDB, PSB, PSD e cia).

Repensar as atuações na mobilidade, educação, distritos sanitários, cultura, comunicação e juventude devem ser o carro chefe para esse programa. Um bom programa para esses setores e a força popular se contrapondo aos projetos dos empresários.

A RADICAL democratização e transparência nas informações dos poderes públicos municipais, programas educacionais nas escolas da rede municipal de ensino voltadas para a capacitação e aprendizado dos alunos com as ferramentas e práticas comunicacionais, com destaque para um programa de leitura crítica da mídia, garantir as mídias livres e alternativas e afins já é um bom começo para um programa dos trabalhadores.

Ações colaborativas nas RPA's com o jeito do recifense desde da Zona Norte nos morros até o litoral na Zona Sul, da leste com a diversidade cultural do centro até o oeste nos círculos populares. Há espaço, pessoas competentes e militância. Sair do marasmo e avançar coletivamente.

Em suma, o que me faz votar no PT/Recife é a esperança nesse programa. Com a popularidade da chapa, ações colaborativas na construção do programa e a militância na rua, eu vejo uma esperança.

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