A vida são momentos perdidos que se sucedem em ciclos semi-constantes.
Reecontros que se sucedem a encontros, que se confundem com o encontro original, embora mais saboros, pois jápossuem o agridoce da perda do momento original confundido com o sabor da perda do sujeito do encontro. Achar, ter, perder, achar novamente. É uma imagem poética aquela velha idéia de "agarrar um momento para a eternidade", como se a eternidade não fosse este constante achar e perder, sabendo que no fundo nunca nada nos pertence, e por isso é tão saboroso ter algo por momentos. Um amigo, um copo, um sorriso, um amor, uma paixão, uma violência, uma traição...
Nada é nosso, mas tudo faz parte de nós. É por isso que eu adoro a vida com todas as lágrimas e todas as feridas que ela me faz... Porque a odeio com todas as minhas forças.
Porque me dá por momentos aquilo que eu sei que nunca será meu.
E isto é tão valido para o amigo de "outros, outros tempos, porque nem é dos outros tempo, é já dos outros" (parafraseando-me a mim mesmo numa conversa com uma amiga sobre um amigo que reencontrei À dois dias)...
Tudo passa tudo muda, tudo avança, mas no fundo... Tudo é igual... Momentos que se sucedem a momentos, que antecedem momentos... E colecionar momentos, ao afastar-mo-nos da vida que vivemos e é nossa e estamos lá enfiados e não conseguimos ver em todo o seu esplendor, darmo-nos conta que aqueles momentos todos somados fazem aquilo a que os poetas chamam a nossa alma.
E a conseqüência? E a verdade?
A conseqüência é viver pensando e querendo viver o que vivi.
A verdade são meus atos.
Levantou tudo com uma ressaca que avança à praia. E nada poderia segurar.
E não segurou...
Na nossa vida lentamente tudo volta e vai...
E quando volta... volta intenso.
Só nós ficamos.
sábado
Verdade ou Conseqüência?
Postado por
Michel Chaves
às
12:36
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1 falações!:
intensidade.. nosso mal, nosse bem!
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