O encontro foi nesta quinta-feira (16), no centro de Convenções Ulisses Guimarães, em Brasília, na abertura do 1o Encontro Nacional dos Estudantes do Prouni, evento que faz parte da programação do 51o Encontro Nacional da UNE.
Os aplausos, assobios e gritos de “Lula/Guerreiro do Povo Brasileiro” da platéia de mais de três mil jovens confirmaram as palavras da dirigente da UNE.
A espera foi longa. O evento estava marcado para às 11 horas, mas o Presidente da República, seguido de 11 ministros de Estado, o reitor da Universidade de Brasília (UnB), José Geraldo de Sousa, e vários parlamentares, só chegou às 12h45min. Música, apresentação de vídeo e palavras de ordem preencheram o tempo de espera. Pulando e gritando, eles se uniam na palavra de ordem: “1, 2, 3, 4, 5 mil, aqui está presente o movimento estudantil”.
Em outros momentos se dividiram de acordo com a preferência eleitoral. Um grupo gritava de um lado do auditório: “Brasil Urgente/ Ciro Presidente”; do outro lado, um grupo respondia: “Olê, olê, olá/ Dil-MA/ Dil-MA.”
Sede própria
O anúncio da chegada do Presidente Lula levantou a platéia – todos de pé, alguns em cima das cadeiras – eles festejaram a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef e ao Presidente da República, pulando e gritando: “Pula/Pula/Lula/Pula.”
Além dos discursos, houve a emolduração em uma placa de gesso das mãos do Presidente Lula; do ministro Luiz Dulci, da Secretaria-Geral da Presidência da República; da Lúcia Stumpf e de Ismael Cardoso, presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES). A placa de gesso ficará exposta no saguão da Casa do Poder Jovem, como será chamada a nova sede da UNE, obra arquitetônica de Oscar Niemeyer, que será construída na Praia do Flamengo, 132, no Rio de Janeiro.
Também foi assinado o Protocolo de Intenção entre a Fundação da Caixa Econômica Federal (Funcef) e a UNE para liberação dos recursos para reconstrução da UNE.
Cobranças dos estudantes
O longo discurso de Lúcia Stumpf incluiu, além das demandas para o ensino superior, cobrança ao governo para que sejam feitos esforços para busca dos mortos e desaparecidos na época da ditadura militar. Citando nominalmente os ex-dirigentes estudantis, Honestino Guimarães e Helenira Resende, Stumpf disse que é preciso permitir que as famílias enterrem seus mortos.
Ela também cobrou do Presidente Lula a destinação de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) para ser investido na educação, a diminuição das taxas de juros e a redução do superávit primário para garantir recursos para o ensino público. A dirigente da UNE também solicitou medidas para regulamentar ensino priva para barrar a desnacionalização do ensino brasileiro.
Ao final da fala da Presidente da UNE, os estudantes do Prouni, Débora Pereira e Antônio Ananias, leram a Carta de Reivindicações, destacando que “não é possível desperdiçar mentes brasileiras por exclusão das universidades.”
O ministro Luiz Dulci, em seu discurso, disse que a história da UNE se confunde com a história do Brasil e que a entidade demonstra maturidade ao conjugar os interesses dos estudantes com os do povo brasileiro. Para ele, a exemplo do demais oradopres, incluindo o próprio Lula, a marca desse governo é a nova relação do Estado com os movimentos organizados.
Respostas de Lula
O presidente Lula prometeu falar pouco, mas fez um grande discurso, elogiando a atuação da UNE e destacando a importância da construção coletiva do governo e os movimentos organizados. “Essa relação é a grande conquista nossa, uma relação sincera que contribui para a construção civilizatória das instituições”, afirmou o Presidente.
Em respostas às reivindicações da UNE, ele disse que determinou a criação de uma comissão, com a participação dos familiares dos mortos e desaparecidos, para ajudar nas buscas.
Disse ainda que este ano está sendo formada a primeira turma dos beneficiados do Prouni e que o período é propício para uma aferição e implementação das melhorias para o próximo ano. Também anunciou o projeto de um novo marco regulatório para o pré-sal com a formação de um fundo, cujo recursos serão destinados a educação, combate à pobreza e investimentos em ciência e tecnologia para que o Brasil possa dar um “salto de qualidade”.
De Brasília
Márcia Xavier
1 falações!:
mentira, era pra começar as 9. esperamos pouco tempo mesmo!
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