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sexta-feira

A crise e o golpe...


*Por Geraldo Elísio

“Para realizar a obra de Deus, se necessário eu me alio até ao diabo” – Santo Agostinho.

Não falta quem queira se aliar aos interesses internacionais.
Deus guarde o vice-presidente José Alencar, exemplo de força de vida. Os querubins guardem José Sarney. Com a autoridade de quem criticou o oligarca maranhense é preciso denunciar o golpe em marcha arquitetado pelo PSDB. Vamos por partes.
Qual a relação de causa e efeito estabelecida pelos oposicionistas sempre que piora o estado de saúde do vice de Lula? Simples. A hipótese de uma fatalidade aguça “vampiros” tipo Fernando Henrique Cayman (candidato a presidente da República), os governadores Aécio Neves e José Serra e o senador amazonense Arthur Virgílio (aquele que teve orgias em Paris pagas por Agaciel Maia e manteve por dois anos um funcionário de seu gabinete na Côte D’Azur, pago com dinheiro do povo brasileiro para fazer curso de especialização em cinema). Ou não foi feita uma “vaquinha” entre os senadores para pagar a posteriori o “empréstimo” feito a Virgílio? Foi.
Por que a histeria? Sarney não é santo, mas não é o único diabrete a circular pelos corredores do Congresso Nacional. Simples! Ele é o quarto na linha sucessória de Lula que disse irá se licenciar por seis meses para fazer campanha a favor da ministra Dilma Rousseff. O terceiro é o deputado federal Michel Temer, do PMDB de São Paulo, tido e havido como o vice de dona Dilma, num amplo acordo envolvendo o PT e o PMDB.
Na hipótese de Lula se licenciar, mesmo para fazer a campanha de Dilma, e eventuais problemas impossibilitarem a posse de José Alencar, para não se tornar incompatível, Temer não assumirá, restando a tarefa a José Sarney. Tudo que os peemedebistas não querem. Imaginem Lula nas ruas das cidades brasileiras pedindo o voto para Dilma e Sarney no Palácio do Planalto com a caneta na mão?
A possibilidade de vitória de Dilma crescerá em proporção assustadora. Serra, consciente de que Sarney não esquece o que ele fez com Roseana, quando o nome da atual governadora do Maranhão começava a se viabilizar como candidata à Presidência da República, logicamente irá preferir o conforto de recandidatar-se ao governo de São Paulo. “Mais vale um pássaro na mão do que dois voando”, diz o ditado popular.
Aécio Neves, por sua vez, cheira bem, fareja com habilidade a política. Ao detectar fumaça lerá a existência de fogo. Também fará opção pelo Senado. Para isto crucificará o vice Anastasia e lançará Itamar Franco para o Palácio da Liberdade. O “Galã do Paraibuna”, uma espécie de doutor Jekyll e mister Hyde da obra prima de Robert Louis Stevenson, “O médico e o monstro”, dialética dos valores morais da humanidade, que já intrigava os gregos antigos, não recusará poder e palácio à vista, principalmente para atender ao “Grupo do Pão de Queijo”. Entre os quais se sobressaem o ex-deputado federal Marcelo “Carne Moída” Siqueira, Henrique Hargreaves e o atual presidente da CEMIG, Djalma Moraes. Talvez possam até vir a explicar sobre “O Crime da Modelo”, ocorrido no governo Itamar, onde Hargreaves e Djalma foram citados pela promotoria em júri popular.Há pouco tempo foi comemorado os15 anos do Plano Real. Ninguém se lembrou de Itamar. Mas é provável que, seu lado doutor Jekyll, desprendido, o faça continuar a prestar vassalagem aos tucanos. Inclusive pedir votos para Fernando Henrique Cayman. Não foi para o PSDB argumentando que esta legenda está cheia de PHDs. Mas o seu lado Jekyll fez com que ele elegesse governador de Minas o neto de seu maior adversário político, o doutor Tancredo Neves. E Aécio, em tentativa de fracionar o PMDB, poderá devolver “a gentileza”, pois sabe que o ministro das comunicações Hélio Costa não disputará contra Itamar. O que prejudicará Dilma Rousseff e o ético ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias. O ex-prefeito de BH, Fernando Pimentel, o atual prefeito Marcio Lacerda e o seu vice Roberto Carvalho já estão sendo chamados por fontes petistas de “tucanos infiltrados” no PT. Registre-se, a memória de Tancredo Neves, dos mais importantes e respeitáveis políticos brasileiros de tantos conhecidos por este repórter, não merece tal jogada se ela vier mesmo a acontecer. A disputa presidencial pelo lado tucano pode recair então em FHC, Fernando Henrique Cayman, segundo o delegado Protógenes Queiroz, com suspeição nos casos do “Dossiê Cayman”, cujo mesmo policial federal afirma “ser falso, mas contendo indícios de improbidades”, da mesma forma que os casos Sivam e de manipulação da dívida externa brasileira para beneficiar interesses internacionais ligados a Daniel Dantas, também de acordo com Protógenes,“banqueiro condenado”. Dantas, amigo do ministro Gilmar Dantas (segundo o jornalista Ricardo Noblat), lembra a figura central de um romance de Fernando Pessoa: “O banqueiro anarquista.” O homem, segundo ele mesmo, em documentos apreendidos pela Polícia Federal, “olhos verdes sensuais”, é o próprio banqueiro anarquista. Não quer o Estado para impedir que ele se apodere de tudo o que o mesmo Estado possa oferecer em seu benefício.
Não tendo nada a perder “o farol de Alexandria”, copy right by o brilhante e íntegro jornalista Paulo Henrique Amorim, FHCayman disputará na tentativa desesperada de vencer e entregar o pré-sal a grupos internacionais em sua inesgotável cobiça sobre as riquezas brasileiras, construídas com o sangue, suor e lágrimas de nosso povo.
Claro, esta é uma análise sujeita a modificações, pois, de acordo com o ex-governador de Minas, doutor Magalhães Pinto, aquele que “não tem colegas de turma”, a “política é como nuvem. Você olha e ela está de um jeito, olha de novo e ela já mudou.” Vamos aguardar resultados.
Este espaço é permanentemente aberto ao democrático direito de resposta a todas as pessoas e instituições aqui citadas.

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