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segunda-feira

É pra Lutar...

Ora, o DCE é um movimento social nascido da luta, da necessidade e das bases. O DCE está em plena luta contra uma estrutura social e concentradora. Não se pode esperar sensatez do DCE da base da pirâmide social, que lutam por um direito básico do ser humano. Pelo contrário: é justamente a insensatez, a ousadia, a coragem de desafiar convenções que faz do DCE um dos movimentos sociais de fato transgressores na UPE. Pois quem só protesta de acordo com os termos determinados pelo Poder não está protestando de fato, mas sendo manipulado. Se os perigosos agentes vermelhos do DCE tivessem sensatez, vestiriam um terno e iriam para o Congresso fazer conchavos, não ficariam duelando com moinhos de vento, digo, com alguns DA’s.
Mas é justamente por isso que o DCE incomoda a tantos: ele, ao contrário de algumas gestões de DA’s, ousa desafiar as convenções: ele é um dos membros rebeldes de nossa sociedade que transgride o tabu e destrói o totem. Portanto, para restituição da ordem capitalista patriarcal e para aplacar a raiva reprimida, ele tem de ser punido. Ele é o outro.
Então vêm questionamentos: E como punir? Esvaziando os espaços? Retirar-se de processos? Deixar “a Deus dará” as coisas?
Não companheiros. O DCE é nosso. O DCE é pra lutar. Se, os DA’s que faziam parte de um “conjunto” se retiram do processo organizacional do CONEUPE, mostra cada vez mais que o processo é de moda, ou melhor, é um processo de conversa de “cumadres” que querem escutar só o que almejam e esquecem que a construção é o quociente de um debate apurado e coeso. Não vou ferir o direito de se retirar com gestão, tem todo o direito, mas, é de extrema irresponsabilidade tal fato e que esquecem que o CONEUPE, também, é de todos nós. Porque não somos poucos. Seremos neste CONEUPE em volta de 1000 alunos.
Poucos, muito poucos, não é mesmo? Até porque nem a sobrancelha erótica do Bonner nem o olhar-chicote da Fátima jamais se interessaram pela luta estudantil diária, nem por declarações que o DCE é suspeito, nem por um CONEUPE, por manifestações do Maio de 68, por bandeiras de lutas e nem POR OUTRA SOCIEDADE.
Para estes, resta, desde sempre, a mesma cova ancestral, com palmos medidos, como a parte que lhes cabe neste latifúndio.
Para os que saíram, se abster de um processo é ocupar os espaços, quero dizer, se recusar a construir um congresso direcionado aos próprios estudantes que, os mesmos, representam, isso no mínimo, é contraditório.
Mas os “bárbaros” e os centralizadores, guardada as suas proporções e conceitos, estão no DCE.
Por isso, haja o que houver, o DCE é o culpado.

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