Jorge Seadi
A Justiça do Chile vai investigar, pela primeira vez, as circustâncias da morte do ex-presidente Salvador Allende, morto em 11 de setembro de 1973 durante o golpe militar de Augusto Pinochet. A investigação foi confirmada nesta quinta-feira (27) por fontes judiciais chilenas.
O caso do ex-mandatário da Unidade Popular (UP) está entre os 726 casos de violação dos direitos humanos. apresentadas ontem (26) pela promotora Beatriz Pedrais à Corte de Apelações de Santiago do Chile. Beatriz apresentou as questões ao juiz especial Mario Carroza na condição de representante do Ministério Público Judicial que agora deverá questionar as circunstâncias da morte de Allende, que sempre foi definida como suícidio acontecido dentro do Palácio La Moneda, sede do governo chileno.
As causas apresentadas agora correspondem a casos de violação dos direitos humanos acontecidos durante a ditadura militar de Augusto Pinochet entre 1973 e 1990. Até hoje estas violações não haviam sido investigadas. As questões foram apresentadas depois que, no ano passado, o juiz da Corte Suprema do Chile, Sérgio Munhoz, como coordenador para casos de direitos humanos, verificou que não havia sido interpostas ações pelos representantes de vítimas de violações dos direitos humanos.
De acordo com dados oficias, morreram 2.300 pessoas durante a ditadura de Pinochet em mãos dos agentes do Estado. Destas, 1.192 estão desaparecidas.
Com informações do El Mundo/ Espanha
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