“Jared Lee Loughner apareceu com a cabeça raspada, um ferimento na testa e sorrindo em foto divulgada pela polícia. Na corte federal ele entrou algemado, olhando fixo para frente e, como fez desde sábado, não deu nenhuma declaração. Respondeu apenas que estava ciente das primeiras acusações contra ele”
Com a locução acima, o correspondente do Jornal da Globo Rodrigo Bocardi iniciou a reportagem sobre a tragédia de Tucson, no Estado norte-americano do Arizona, em que Loughner matou seis pessoas e feriu quatorze. O alvo principal era a deputada democrata Pamela Simon, que agoniza no hospital.
Quem admite que a causa do ato ensandecido do lunático de 22 anos pode ter sido o clima político desencadeado pelos ultraconservadores do movimento Tea Party não foi um blog sujo, comunista, progressista, regressista ou coisa que o valha, mas o Jornal da Globo.
O telejornal admitiu que o movimento conservador liderado pela candidata derrotada à Presidência dos EUA em 2008, Sarah Palin, pode ser o responsável por conta do ódio político que vem pregando.
É curioso – e, talvez, providencial, para o Brasil – que esse fato tenha ocorrido poucos dias depois da onda de jovens ensandecidos que, às dezenas, no dia da posse de Dilma Rousseff na Presidência da República pediam, peloTwitter, que ela fosse alvejada por um franco-atirador.
O que espanta é como esses fenômenos ocorrem em ondas e como parecem ter um poder imenso de contaminar as pessoas. Quem viu as fotos dos perfis do Twitter dos jovens que pregaram o assassinato de Dilma Rousseff percebeu que eram pouco mais do que crianças, com uma ou outra exceção.
São justamente os jovens que preocupam, tanto nos EUA quanto no Brasil, no âmbito dessas campanhas de demonização de adversários políticos ou ideológicos por grupos radicais. Parecem mais suscetíveis que os adultos, capazes de materializar o que os mais velhos dizem como brincadeira.
Com a locução acima, o correspondente do Jornal da Globo Rodrigo Bocardi iniciou a reportagem sobre a tragédia de Tucson, no Estado norte-americano do Arizona, em que Loughner matou seis pessoas e feriu quatorze. O alvo principal era a deputada democrata Pamela Simon, que agoniza no hospital.
Quem admite que a causa do ato ensandecido do lunático de 22 anos pode ter sido o clima político desencadeado pelos ultraconservadores do movimento Tea Party não foi um blog sujo, comunista, progressista, regressista ou coisa que o valha, mas o Jornal da Globo.
O telejornal admitiu que o movimento conservador liderado pela candidata derrotada à Presidência dos EUA em 2008, Sarah Palin, pode ser o responsável por conta do ódio político que vem pregando.
É curioso – e, talvez, providencial, para o Brasil – que esse fato tenha ocorrido poucos dias depois da onda de jovens ensandecidos que, às dezenas, no dia da posse de Dilma Rousseff na Presidência da República pediam, peloTwitter, que ela fosse alvejada por um franco-atirador.
O que espanta é como esses fenômenos ocorrem em ondas e como parecem ter um poder imenso de contaminar as pessoas. Quem viu as fotos dos perfis do Twitter dos jovens que pregaram o assassinato de Dilma Rousseff percebeu que eram pouco mais do que crianças, com uma ou outra exceção.
São justamente os jovens que preocupam, tanto nos EUA quanto no Brasil, no âmbito dessas campanhas de demonização de adversários políticos ou ideológicos por grupos radicais. Parecem mais suscetíveis que os adultos, capazes de materializar o que os mais velhos dizem como brincadeira.
Esses perfis crescem aos poucos nas redes sociais. Começam com meia dúzia de seguidores, vão crescendo e conseguem chegar a dezenas de milhares, que passam a ser contaminados com pregações racistas, homofóbicas, xenofóbicas e de ódio político, que, quando entra em campo, acaba reunindo todas essas fobias sociais em uma só.
Durante a campanha eleitoral à Presidência do Brasil, ano passado, o ódio político, estimulado pela mídia, enveredou pelos mesmos caminhos da pregação fascista do Tea Party, com cristãos fundamentalistas promovendo a execração de Dilma Rousseff. Até os homofóbicos simpatizantes do adversário da candidata passaram a acusá-la do que consideram o pior dos crimes.
O que acaba de acontecer nos Estados Unidos é uma tragédia e fica difícil dizer que se pode tirar algum proveito dela, mas é possível extrair uma lição, sim. Tão eficaz que, como diz a reportagem do Jornal da Globo, “os dois lados”, por lá, já estão pensando em fazer diminuir a temperatura do clima político.
Homofóbicos pregam que jovens podem ser “contaminados” vendo homossexuais, o que é uma bobagem na qual ninguém bom da cabeça pode acreditar. Todavia, jovens podem ser, sim, contaminados por estímulos à violência e ao preconceito. As provas estão aí, nos que pregaram assassinato de nordestinos e da presidente da República pelo Twitter.
O ódio político, ideológico ou moralista não pode ser estimulado. Os grupos radicais que se organizam para promover o ódio contra pessoas são um risco à sociedade mesmo quando julgam que defendem causas nobres.
Essa é uma reflexão que os agentes políticos no Brasil têm que fazer. Mídia, partidos e até movimentos sociais estão enveredando por caminho arriscado que pode gerar conseqüências imprevisíveis. E, nesse contexto, tanto a direita midiática quanto a esquerda têm que parar e pensar.
Durante a campanha eleitoral à Presidência do Brasil, ano passado, o ódio político, estimulado pela mídia, enveredou pelos mesmos caminhos da pregação fascista do Tea Party, com cristãos fundamentalistas promovendo a execração de Dilma Rousseff. Até os homofóbicos simpatizantes do adversário da candidata passaram a acusá-la do que consideram o pior dos crimes.
O que acaba de acontecer nos Estados Unidos é uma tragédia e fica difícil dizer que se pode tirar algum proveito dela, mas é possível extrair uma lição, sim. Tão eficaz que, como diz a reportagem do Jornal da Globo, “os dois lados”, por lá, já estão pensando em fazer diminuir a temperatura do clima político.
Homofóbicos pregam que jovens podem ser “contaminados” vendo homossexuais, o que é uma bobagem na qual ninguém bom da cabeça pode acreditar. Todavia, jovens podem ser, sim, contaminados por estímulos à violência e ao preconceito. As provas estão aí, nos que pregaram assassinato de nordestinos e da presidente da República pelo Twitter.
O ódio político, ideológico ou moralista não pode ser estimulado. Os grupos radicais que se organizam para promover o ódio contra pessoas são um risco à sociedade mesmo quando julgam que defendem causas nobres.
Essa é uma reflexão que os agentes políticos no Brasil têm que fazer. Mídia, partidos e até movimentos sociais estão enveredando por caminho arriscado que pode gerar conseqüências imprevisíveis. E, nesse contexto, tanto a direita midiática quanto a esquerda têm que parar e pensar.
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