Ao ser questionado sobre a razão de seu amor pelo tricolor carioca, Chico Buarque de Holanda saiu-se com essa pérola. Torcer pelo Flamengo é fácil, todo mundo torce! Difícil é devotar tamanha paixão a um time que, a despeito dos insucessos do presente, angaria num passado remoto sua maior fonte de orgulho.
Qualquer semelhança com o Náutico não é mera coincidência. O sofrimento fez parte da rotina dos alvirrubros que, como eu, cresceram na década de 80 e viram o Sport deslanchar como principal força do futebol pernambucano. Seria fácil esmorecer ou passar convenientemente pro lado de lá. Entretanto, os dissabores vividos, paradoxalmente, fizeram com que eu ficasse cada vez mais alucinado pelo meu Timbuzinho.
Não, meus amigos, não se trata de uma ode ao conformismo. É apenas a constatação de quão sublime, ilógico e perene é o sentimento que nos une ao Clube Náutico Capibaribe.
Apesar de ter visto nosso maior rival sagrar-se campeão em nosso terreno, emocionei-me diversas vezes durante a partida.
Com a gana do contestado Eduardo.
Com a raça do extenuado Negretti.
Com o impéto do renegado Galiardo.
Com a vontade do controverso Carlinhos Bala.
Com a vibração contagiante de nossa torcida.
Apesar da tristeza que senti, não pude deixar de reconhecer em coro e em palmas a maneira como o elenco honrou a camisa alvirrubra.
E tal qual Chico Buarque, sigo cada vez mais firme no difícil caminho escolhido pelo meu coração.
“O homem que a dor não educou será sempre uma criança."
Edgar - Comunidade do Náutico.
1 falações!:
Imagine o que eu sinto ao ser tricolor!
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