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#BlogNemComento - Quilombolas podem perder posse da terra, denuncia petista

erika kokay_D2O poder econômico não pode ser uma forma pós-moderna de escravidão. Se o Brasil é fruto de casa grandes e senzalas, também é fruto de quilombos. Quilombo é um espaço de liberdade que escoa pelos dedos da burocracia. É preciso um Brasil sem grilhões. A afirmação é da deputada Erika Kokay (PT-DF) autora do requerimento que propôs a audiência pública realizada pela Comissão de Direitos Humanos (CDH), nesta quarta-feira (20), para tratar da demarcação e titulação das terras da população quilombola de Mesquita, localizadas no município de Cidade Ocidental (GO).

Segundo Erika essa população corre o risco de perder a posse das terras, em decorrência da disputa fundiária. "A comunidade tem a garantia da demarcação das terras, mas ainda não foram homologadas. Isso está gerando polêmica e a população está ameaçada de perder seu território para grandes grupos econômicos que dominam aquela região", denuncia.

Erika lembra ainda que a comunidade quilombola de Mesquita reivindica não apenas a demarcação do espaço, mas a implementação de políticas publicas. "Eles lutam pela manutenção do seu pedaço de chão, mas precisam de políticas públicas para assegurar a liberdade plena. A comunidade que não tem políticas adequadas na área de saúde, educação e de geração de emprego e renda. Esses são instrumentos que asseguram a dignidade humana ", afirma.

Na avaliação da deputada, o objetivo da audiência pública, além de dar visibilidade aos problemas enfrentados pela comunidade de Mesquita, permite também, segundo ela, "o empoderamento da comunidade, ou seja, a comunidade passa a entender a força que ela tem", constata.

A parlamentar disse que pretende apresentar requerimento propondo à Comissão de Direitos Humanos uma diligência com participação de parlamentares, com a finalidade de ouvir a comunidade quilombola que vive no povoado de Mesquita.

Benildes Rodrigues

Fonte: PT na Câmara.

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