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OF. COREN/DIPRE-PE Nº 211/2010
Recife, 20 de agosto de 2010.
À
Universidade Federal de Pernambuco
Reitor Amaro Henrique Pessoa Lins
Em Mãos
Magnífico Reitor,
O Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco, Autarquia Federal, com sede a Rua Barão de São Borja, 243, Boa Vista, Recife, através de sua Presidente, a Dra. Celia Arribas, acabou de, oficialmente receber denuncia, por meio de várias estudantes de enfermagem, da existência de grande numero de cartazes espelhados por toda a Universidade, anunciando uma “CALOURADA DE MEDICINA UFPE – 2010.2”, em cujos cartazes apresenta uma enfermeira em trajes menores, com uma sibilina seringa na boca e logo abaixo os dizeres: “A PRIMEIRA A GENTE NUNCA ESQUECE,MAS... A SEGUNDA É AINDA MELHOR”. Além desses cartazes, camisetas estão sendo usadas com os mesmos dizeres e foto de enfermeira em trajes menores.
De imediato, a Presidência deste Conselho determinou que providências fossem adotadas pela Procuradoria Geral, com o fim de coibir comportamento desse jaez que maculam os profissionais da Enfermagem como um todo.
Destaque-se que esse evento está sendo anunciado para o próximo dia 28 de agosto, no Clube Universitário da U.F.PE, com entrada paga e sob o patrocínio da empresa Megaeventus, a qual, certamente firmou contrato com essa Universidade para celebração do referido evento.
Como se verifica cristalinarmente, os referidos cartazes nada têm haver com formando em medicina e se utiliza da figura de uma enfermeira, em dizeres de duplo sentido, e, em trajes menores, num desrespeito sem tamanho a nobre categoria profissional que tem cuidado das pessoas e que têm relevantes serviços prestados à saúde dos Pernambucanos.
Desse modo, no instante em que faço a comunicação de tão desagradável acontecimento, este Conselho, por sua Procuradoria Geral, espera que medidas urgentes sejam adotadas, no sentido de que o evento já marcado pelos alunos do segundo período de Medicina tenha outra conotação, fazendo retirar as alusões ofensivas à enfermagem Pernambucana, sem prejuízo de medidas outras que devem ser tomadas contra os organizadores do referido evento.
No aguardo de uma pronta atitude dessa Reitoria, subscrevemo-nos,
Atenciosamente,
Célia Morais de Arribas
Presidente
Paulo Azevedo
Procurador Geral
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REPERCUSSÃO:
Coren quer retratação dos alunos de medicina
Depois de classificar de "mau gosto" e comunicar ao reitor da UFPE, Amaro Lins, a posição da entidade contra o desrespeito aos profissionais e estudantes de enfermagem semana passada, exigindo a retirada de cartazes e panfletos do campus da Universidade, o Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco (Coren-PE) cobra agora uma retratação pública de "mesmo impacto" relativa à campanha da calourada organizada por estudantes do 2º período de medicina da instituição.
Como o Diario de Pernambuco noticiou com exclusividade no último sábado, a festa de calouros do curso na área de saúde, que estava marcada para o próximo dia 28, foi cancelada depois que cartazes de conteúdo ofensivo e preconceituoso começaram a circular, causando mal-estar e constrangimento a estudantes e profissionais de enfermagem. Na publicidade, aparece a caricatura de uma mulher vestida com uniforme de enfermeira, com trajes mínimos e levando uma seringa à boca, ao lado de uma mensagem de duplo sentido que se refere a sexo.
Ainda indignadacom o fato, a presidente do conselho, Célia Arribas, declarou ontem não descartar a possibilidade de entrar com ação por danos morais na Justiça contra o grupo de estudantes, ao todo quase 30 pessoas, caso a retratação pública não seja feita. Para impedir que sejam processados na esfera cível, os calouros de medicina da UFPE irão se reunir hoje, às 8h, com o procurador geral do Coren-PE, Paulo Azevedo, na sede da entidade, no bairro da Boa Vista, para tentar o diálogo e saber quais são as exigências para a retratação pública.
Arrependidos, os calouros dizem estar dispostos a colaborar no que for possível. "Não tivemos intenção alguma de denegrir a imagem dos profissionais de enfermagem. Queremos conversar para evitar uma medida maior", comentou um dos organizadores da calourada, Bruno Ishigami, que garantiu já terem retirado os panfletos de circulação. "Nos sentimos humilhados e exigimos uma posição para a sociedade", disse Priscila Nogueira, uma das estudantes de enfermagem da UFPE.
Célia Arribas não poderáparticipar da reunião com os estudantes porque viaja hoje cedo para participar de um congresso da entidade em Teresina (Piauí), onde deve ficar até a próxima sexta-feira. A presidente do órgão, porém, afirmou que poderá voltar ao Recife para resolver o caso se for necessário. "Foi um ato de arbitrariedade e de irresponsabilidade. Não se pode deixar assim impune", criticou.
Em função do episódio, a pró-reitora para Assuntos Acadêmicos (Proacad) da UFPE, Ana Cabral, já havia suspenso a festa dos novatos de medicina além de outras eventuais calouradas, por tempo indeterminado. A condição para voltar a autorizar as festas é de que se discipline regras para eventos desse tipo. Até lá o clima já azedou.
Estudantes do curso de enfermagem da UFPE se sentiram ofendidos com a imagem usada nos cartazes que convocavam para festa que foi suspensa. Foto: Fellipe Castro/Esp. Aqui PE/D.A Press |
Ainda indignadacom o fato, a presidente do conselho, Célia Arribas, declarou ontem não descartar a possibilidade de entrar com ação por danos morais na Justiça contra o grupo de estudantes, ao todo quase 30 pessoas, caso a retratação pública não seja feita. Para impedir que sejam processados na esfera cível, os calouros de medicina da UFPE irão se reunir hoje, às 8h, com o procurador geral do Coren-PE, Paulo Azevedo, na sede da entidade, no bairro da Boa Vista, para tentar o diálogo e saber quais são as exigências para a retratação pública.
Arrependidos, os calouros dizem estar dispostos a colaborar no que for possível. "Não tivemos intenção alguma de denegrir a imagem dos profissionais de enfermagem. Queremos conversar para evitar uma medida maior", comentou um dos organizadores da calourada, Bruno Ishigami, que garantiu já terem retirado os panfletos de circulação. "Nos sentimos humilhados e exigimos uma posição para a sociedade", disse Priscila Nogueira, uma das estudantes de enfermagem da UFPE.
Célia Arribas não poderáparticipar da reunião com os estudantes porque viaja hoje cedo para participar de um congresso da entidade em Teresina (Piauí), onde deve ficar até a próxima sexta-feira. A presidente do órgão, porém, afirmou que poderá voltar ao Recife para resolver o caso se for necessário. "Foi um ato de arbitrariedade e de irresponsabilidade. Não se pode deixar assim impune", criticou.
Em função do episódio, a pró-reitora para Assuntos Acadêmicos (Proacad) da UFPE, Ana Cabral, já havia suspenso a festa dos novatos de medicina além de outras eventuais calouradas, por tempo indeterminado. A condição para voltar a autorizar as festas é de que se discipline regras para eventos desse tipo. Até lá o clima já azedou.
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