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quinta-feira

Relação humana: João e Lucas.


João, menino nascido no seio de uma família humilde, fora do país que agora reside – França – mas, com muita gana.

Lucas, menino nascido no seio de uma família com uma estrutura financeira bem regular e com condições para investir na educação do mesmo fora do país: França.

João trabalha na portaria de um Teatro parisiense para completar o capital para se sustentar em terras estrangeiras e estudar.

Lucas estuda e nas horas vagas vai ao Teatro como qualquer garoto da sua idade gosta de fazer em busca de lazer, pois, admira a obra, que gosta de ler, em ações e movimentos.

João, não tem a oportunidade de ver o começo da peça que acontece no seu trabalho, pois, pelo menos a metade do espetáculo, João, usa para prestar conta do dinheiro e dos ingressos vendidos naquele dia.

Lucas, não tem a oportunidade de ver o final da peça, pois, como tem muitos afazeres sempre tem algo logo após seus horários de lazer, caracterizando assim, uma personalidade de muita cobrança de si mesmo.

João e Lucas estudavam na mesma Universidade.

Mesma biblioteca.

Mesma prateleira de livro.

Encontram-se.

Percebem que tem o mesmo gosto literário e conversam. Descobrem que gostam das mesmas obras que são apresentadas naquele Teatro. Logo, no mesmo encontro de idéias há o encontro, também, nos mesmos ambientes.

Um percebe que é o expectador e o outro bilheteiro.

Um percebe que sabe das peças do começo até a metade, o outro percebe que começa da metade pro fim.

Ambos percebem que não são completos.


Ou seja, somos seres que nos completamos só com relação mútua.

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