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terça-feira

Dilma mostra que tem brilho próprio e não é efêmera como obra de marketing político.

Mais sábio dos estrategistas do DEM, no segundo semestre do ano passado o ex-deputado Saulo Queiroz confidenciava a jornalistas: quando Dilma começar a aparecer na campanha, estaremos perdidos. Saulo estava empenhado em demonstrar ao partido que Aécio Neves seria o único candidato competitivo. Mas pegara a fantasia da mídia de que o "poste" Dilma Rousseff jamais decolaria.

O desesperado Saulo tentava desviar o partido do Titanic que se avizinhava. Fazendo tratamento quimioterápico, com peruca para esconder a perda de cabelos, Dilma já estava saindo da toca. Imagine quando tivesse os cabelos de volta, todo arrumadinho e começar a soltar a prosa mineira com naturalidade, insistia ele, em pânico porque, na outra ponta, o que se tinha a oferecer era José Serra.

Em vão! Assim como acreditou nos analistas econômicos em 1998, e não se preveniu para a maxidesvalorização, agora a mídia acreditava cegamente nos analistas políticos - e insistia que bastaria o "poste" ser exposto à luz da campanha para desaparecer.

Até duas semanas atrás, dia sim, dia não, os gênios da análise política diziam - e Serra repetia - que a campanha estava escondendo Dilma. A candidata saía de um tiroteio na CBN. E era acusada de estar sendo escondida. Enfrentava o Roda Viva, e a acusação persistia.

Diziam isso ao mesmo tempo em que acusavam Lula de dar super-exposição a Dilma.

Agora, Dilma aparece. Conclusão: pegou a herança de votos de Lula e começa a ampliar com seus próprios votos.

Em São Paulo, Lula atrai o voto petista; Dilma está avançando nos votos tucanos.

E está a inspirar os analistas póstumos do jornal.

Fonte: Clipping do Mário

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