Por Mireya Ortiz Bécquer do Prensa Latina
Países latino-americanos condenaram nesta sexta em Genebra a violação de direitos humanos praticadas em Honduras desde o golpe de Estado de junho de 2009 e exigiram ao atual Governo que investigue esses feitos e castigue aos culpados.
Durante os debates do Exame Periódico Universal (EPU), previsto pelas nações Unidas, a representação argentina destacou os assassinatos de jornalistas hondurenhos que ocorrem no país desde o golpe de 2009. Por sua vez, a delegação mexicana denunciou a destituição de quatro magistrados depois do golpe que destituiu ao presidente constitucional Manuel Zelaya e que organizou eleições mediatizadas nas quais foi eleito Porfirio Lobo.
O México exigiu a imediata restituição dos juízes e a adoção de medidas que garantam a posição inamovível dos integrantes do Poder Judiciário.
A representação uruguaia abordou o mesmo tema e pediu à comunidade internacional adotar medidas urgentes para fazer frente e frear a crescente vulnerabilidade dos jornalistas hondurenhos.
A vice-presidenta hondurenha María Antonieta Guillén, que encabeçou a delegação de seu país, tratou de escconder como pôde o vendaval de críticas e denúncias, e tentou convencer ao auditório que os assassinatos dos jornalistas não têm um caráter político.
Admitiu, no entanto, que o índice de violência no seu país é muito elevado e a cifra de mortos por essa causa é de 67 por cada 100 mil habitantes.
Ao rebater seus argumentos, a vice-presidenta do Comitê pela Livre Expressão em Honduras, Anarella Vélez, disse que lamentava que ainda hoje continue a impunidade nas violações à liberdade de expressão, cometidas no marco do golpe de Estado.
Delegados latino-americanos lembraram que a próxima segunda-feira deve ser aprovado um documento sobre o caso hondurenho no qual deverão constar as recomendações surgidas no debate.
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