Nos dias 01 a 07 de setembro acontece em todo o Brasil, o Plebiscito Popular do Limite da Propriedade da Terra, organizado pelo MST, Contag, MAB, CUT, MTST, CMP, CNBB e por diversas outras entidades dos movimentos sociais. Esse plebiscito popular se soma aos anteriores organizados por entidades e movimentos sociais, como Plebiscito Nacional sobre a Dívida Externa, em 2000; sobre a Alca, em 2002; sobre a Anulação do Leilão da Vale do Rio Doce, em 2007.
Este plebiscito faz parte da Campanha pelo Limite da Propriedade da Terra, em defesa da reforma agrária e da soberania territorial e alimentar, que visa estabelecer em lei o limite da propriedade da terra, combatendo assim o latifúndio.
De acordo com os últimos dados levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) em 2006, no Brasil, 2,8% das propriedades rurais são latifúndios e ocupam mais da metade de extensão territorial agricultável do país (56,7%). Em contrapartida as pequenas propriedades representam 62,2% dos imóveis e ocupam apenas 7,9% da área total. Ou seja uma pequena parcela de latifundiários detém uma grande concentração da terras.
“O papel da Campanha é exigir a obrigação do Estado em garantir esse direito à propriedade da terra a todos os brasileiros e brasileiras que dela tiram seu sustento.” (extraído do site da campanha www.limitedaterra.org.br clique aqui )
O PT lançou nota em apoio “Saudamos e conclamamos a todos os militantes engajados nesta mobilização nacional a intensificarem a participação para que este Plebiscito Nacional seja também vitorioso.” Sabemos que é válida a saudação do PT, mas é preciso ir além; e estar junto com os trabalhadores do campo e realizar uma reforma agrária que dê terra a todos que dela precisam.
Terras para isso existem, mas não será com o PMDB a frente do Ministério da Agricultura com Wagner Gonçalves Rossi, latifundiário paulista que assumiu o ministério em abril de 2010 no lugar de Reinhold Stephanes. No próprio site do Ministério da Agricultura, Wagner Rossi é apresentado como: “tendo mais de 30 anos dedicados ao setor agrícola como empresário e produtor rural. E que defende o agronegócio brasileiro.”
Não foi para ter um ministro latifundiário, que milhões de trabalhadores do campo e da cidade elegeram e reelegeram o PT para presidência e não será para isso que elegeremos Dilma presidente. Mais do que colocar o boné do MST, Dilma precisa apontar caminhos para se fazer uma verdadeira distribuição de terras. Precisa acabar de uma vez por todas com a criminalização do sem terras e lutadores do campo e da cidade. Defendemos um governo do PT, que seja um governo socialista dos trabalhadores que realize a reforma agrária.
Os resultados do Plebiscito serão divulgados nacionalmente na última semana de setembro, mas podemos afirmar que milhões de trabalhadores e jovens votarão a favor da reforma agrária e expropriação do grande latifúndio.
Em São Paulo vote na Livraria Marxista situada na Rua Tabatinguera, 326 - Sé - Tel (11) 3104-0111, até o dia 11 de setembro, consulte outros locais de votação em todo o Brasilclique aqui
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